Autoridades americanas disseram ter acertado e destruído um satélite espião defeituoso com um míssil que orbitava 210 km quilômetros acima do Oceano Pacífico.
Segundo o Pentágono, o satélite USA 193 perdeu controle pouco depois de seu lançamento, em 2006, e carregava combustível tóxico que poderia ser liberado em uma grande área, colocando em risco a vida de humanos.
Nesta quinta-feira (21), os militares revelarão se atingiram o tanque de combustível abastecido com cerca de 450 kg de hidrazina, que poderia sobreviver intacto à reentrada na atmosfera.
A China acusou os Estados Unidos de praticar uma política de dois pesos e duas medidas por ter criticado um teste semelhante feito pelos chineses no ano passado.
Na época, um míssil balístico terra-ar de médio alcance atingiu um satélite meteorológico obsoleto, sublinhando o avanço do poderio militar chinês.
O governo chinês pediu esclarecimentos aos americanos e disse estar preocupado com o impacto de uma ação dos Estados Unidos sobre a segurança de outros países e do espaço.
A Rússia criticou a operação, que considerou um pretexto para os Estados Unidos testarem armas de defesa anti-satélite, em resposta à demonstração feita pela China no ano passado.
O Ministério do Exterior russo argumentou que outros satélites já se chocaram contra a Terra no passado sem que isso significasse "medidas extraordinárias".
O armamento utilizado na operação faz parte do sistema de defesa anti-satélite americano.
BBC Brasil