Os Estados Unidos reforçaram hoje (2) as sanções à Coreia do Norte, em retaliação pelo ataque informático "desestabilizador e destruidor", alegadamente perpetrado por Pyongyang à companhia cinematográfica Sony Pictures.
As novas medidas respondem às "muitas provocações [de Pyongyang] e particularmente ao recente ataque cibernético contra a Sony Pictures e às ameaças visando as salas de cinema e os espectadores", indicou o departamento do Tesouro norte-americano em comunicado.
"Trata-se da primeira parte da nossa resposta", reforçou a Casa Branca, também por meio de nota.
Alvo de grande ataque informático, a Sony Pictures cancelou, numa primeira fase, a exibição do filme The Interview, sobre uma tentativa de assassínio da CIA (agência de serviços secretos externos norte-americanos) do líder norte-coreano, Kim Jong-Un.
O filme acabou por ser distribuído através de serviços de vídeo online em uma rede de salas mais restrita nos Estados Unidos.
Washington, que acusa Pyongyang de estar por detrás do ataque, adicionou hoje à sua lista negra dez dirigentes do regime, a agência de serviços secretos norte-coreana e duas empresas ligadas ao setor militar da ditadura comunista, precisou o departamento do Tesouro.
As sanções, adotadas por um decreto do presidente norte-americano, Barack Obama, "refletem o compromisso dos Estados Unidos de responsabilizar a Coreia do Norte pelas suas ações destrutivas e desestabilizadoras", argumentou o secretário do Tesouro, Jacob Lew, citado em comunicado.
"Utilizaremos um vasto leque de ações para defender as empresas e os cidadãos norte-americanos, e para nos defendermos contra as tentativas de sabotar os nossos valores", acrescentou.
A Coreia do Norte já estava sujeita a diversas sanções internacionais, devido ao seu controverso programa nuclear.