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Dia da Consciência Negra lembra morte de Zumbi

20 nov 2007 às 17:25

Esta terça-feira é feriado em 267 municípios de 12 estados do país pelo Dia da Consciência Negra, segundo levantamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). A data lembra a morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra à escravidão, assassinado em 20 de novembro de 1695.

Mesmo com participação efetiva do negro em sua história, o Paraná não adotou o feriado em nenhum município.


O balanço divulgado pela Seppir mostra que entre os municípios que adotaram a data como feriado estão União dos Palmares (AL), Manaus (AM), Flores de Goiás (GO), Itapecerica (MG), Cuiabá (MT), Marabá (PA), Dona Inês (PB), Macaparana (PE), Rio de Janeiro (RJ), Vilhena (RO), Pacatuba (SE) e São Paulo (SP). No ano passado, o número de municípios que instituíram o 20 de novembro como feriado era menor: 225.


No Amazonas, há quatro anos se comemora a Semana da Consciência Negra. As atividades são desenvolvidas de forma coletiva por entidades representadas no Fórum Permanente de Afro-Descendentes do estado (Fopaam), que reúne cerca de 25 instituições.


O movimento negro de São Paulo deve realizar um ato anti-racista com cerca de 50 mil pessoas na capital paulista. As duas principais manifestações que vão ocorrer na cidade de São Paulo são a Parada Negra e a Marcha da Consciência Negra, que serão realizadas conjuntamente na avenida Paulista, à tarde.


"Zumbi representou a idéia de liberdade e a possibilidade de criação de um território livre dentro de um país que, na época, era colônia de Portugal", ressaltou Oliveira Silveira, membro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial e um dos idealizadores da celebração de 20 de novembro.


A ministra Matilde Ribeiro, da Seppir, ressaltou a importância de os brasileiros conhecerem a contribuição do negro para a formação do país. "O dia 20 de novembro tem a marca de um processo de luta muito antigo que vem desde a escravidão e está presente nos nossos dias atuais", disse a ministra em entrevista à Radiobrás.


"O que considero muito importante para nós brasileiros – sejamos negros, brancos, indígenas – é que possamos perceber a importância da contribuição que os negros e os indígenas trouxeram aos demais grupos raciais no Brasil e que essa contribuição tem que ser cada vez mais valorizada", completou.

ABr


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