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Curvatura peniana é objeto de projeto científico inédito

07 mai 2007 às 14:48

Médicos urologistas de 12 centros especializados do Brasil trabalham desde o início deste ano em um projeto científico que desvenda uma nova técnica para o tratamento da doença de Peyronie. O mal atinge cerca de 9% dos homens brancos de todo o mundo e é caracterizado por uma curvatura no pênis. A principal conseqüência é a dificuldade de penetração durante o ato sexual. Em situações mais graves pode ser causadora de disfunção erétil.

O SISPE, nome que designa o Projeto Multicêntrico da Doença de Peyronie, reúne profissionais de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio Claro (SP), Ribeirão Preto (SP) e Porto Alegre (RS) trabalhando sob um único protocolo de procedimento. Serão realizadas, no total, 63 cirurgias. Esta é a primeira experiência científica sobre procedimentos cirúrgicos capazes de resolver os problemas causados pela doença.


O coordenador do projeto, o médico urologista Sidney Glina, é considerado o maior especialista brasileiro em disfunção erétil e infertilidade masculina.


A doença


Ela é caracterizada por uma fibrose ou cicatriz que se forma no tecido que envolve os corpos cavernosos do pênis, estruturas cilíndricas que ficam rígidas quando ocorre uma ereção. Como a cicatriz não é elástica, como o resto do tecido, ela não consegue expandir-se, provocando a curvatura no pênis. Há dor no início, mas na maioria das vezes desaparece espontaneamente depois de algum tempo. Após o surgimento dos primeiros sintomas o quadro pode evoluir de 12 a 18 meses.


A doença de Peyronie é adquirida, mas existem homens que nascem com o pênis curvo. Quando o problema persiste e atrapalha a vida sexual do paciente o tratamento mais indicado é o cirúrgico. Atualmente a técnica disponível utiliza tecidos do próprio paciente para corrigir a curvatura, normalmente a veia safena. Esta técnica implica em duas incisões.

O SISPE está utilizando um biomaterial, que surgiu no mercado mundial há oito anos e tem diversas aplicações. Para este tipo de cirurgia, ele é capaz de reconstruir o tecido fibrótico que causa a curvatura peniana. O material é fabricado a partir da submucosa do intestino delgado de suínos e tem a propriedade de se incorporar ao organismo hospedeiro.


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