A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou nesta segunda-feira (7) que o consumo de energia no País avançou 3,1% no primeiro semestre, ficando abaixo da expansão de 5,6% no primeiro semestre de 2005. A EPE acredita que o consumo ficou abaixo da produção em decorrência do fraco desempenho do setor industrial.
O consumo da indústria nos primeiros seis meses do ano subiu 2%, enquanto o consumo residencial cresceu 3,5% e o comercial, 4,3%.
"Não é comum a produção ficar acima do consumo. Alguns fatores podem explicar isso. Parece que está havendo um aumento de eficiência energética no setor pelo fato de estar havendo paulatinamente uma redução de subsídio cruzado", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.
No primeiro trimestre, o consumo de energia cresceu 4,5% e no segundo trimestre, 1,7%. O presidente da EPE explicou que esse consumo menor de um trimestre para o outro se deve a temperaturas mais amenas entre abril e junho deste ano frente ao mesmo período do ano passado; à desaceleração da produção da indústria; às paralisações pela Copa do Mundo; às paradas técnicas em algumas indústrias eletrointensivas; e à crise agrícola no Sul do País.
Seca no Sul - O presidente da EPE garantiu que não haverá racionamento no Sul do País, embora a região esteja sofrendo a pior seca dos últimos 70 anos. "Não haverá racionamento, porque os reservatórios do Sudeste estão cheios e temos linhas de transmissão suficientes", afirmou. O Sudeste está enviando em média 5,2 mil megawatts de energia para o Sul, equivalentes a 65% do consumo da região.