O papa Francisco voltou a abordar o tema das guerras durante a tradicional audiência geral realizada nesta quarta-feira (9) e reafirmou que o diálogo é fundamental para encerrar conflitos em qualquer parte do mundo.
"Penso na loucura da guerra, uma loucura, da qual a vítima é a martirizada Ucrânia, e em tantos outros conflitos que não vão se resolver nunca através da infantil lógica das armas, mas só com a leve força do diálogo. Mas, além da Ucrânia, pensemos em outros conflitos: na Síria, mais de 10 anos de guerra, nas crianças do Iêmen, pensemos em Myanmar. O que fazem as guerras? Destroem a humanidade, destroem tudo", afirmou aos fiéis.
Lembrando de sua recente viagem ao Bahrein, em que participou de diversos diálogos entre Ocidente e Oriente, Francisco também citou o Concílio Vaticano II, realizado há 60 anos e que teve grande enfoque na "construção da paz".
"O Concílio afirmava que tal obra exige que [os homens] dilatem a sua mente e o seu coração para além das fronteiras da própria nação, abandonando qualquer tipo de egoísmo nacional e qualquer ambição de supremacia sobre outras nações, nutrindo ao invés disso um profundo respeito por toda a humanidade. No Bahrein, eu lembrei dessa exigência e desejei que, em todo o mundo, os responsáveis religiosos e civis saibam olhar para além de suas fronteiras, das próprias comunidades, para todos se curarem juntos", pontuou.
Nas considerações finais, o Papa voltou a pedir orações pela "martirizada Ucrânia" e "pediu ao Senhor a paz para essas pessoas tão atribuladas e que sofrem com tanta crueldade, tanta crueldade, por parte dos mercenários que fazem a guerra".