Artigo publicado na revista Nature nesta segunda-feira (3) por cientistas aponta um problema preocupante para a humanidade: um enorme buraco que apareceu este ano na camada de ozônio acima do Ártico. Ele é o maior já registrado no Hemisfério Norte.
Os cientistas estão preocupados de que isso volte a acontecer de forma ainda mais grave e retire do planeta uma importante proteção, já que esta camada funciona como um escudo contra a radiação solar ultravioleta, que pode causar doenças como câncer de pele e catarata.
Durante o verão da Antártida, desde a década de 1980, buracos na camada de ozônico são registrados, chegando em alguns anos a partes da América do Sul. Em alguns anos, a destruição chegou até 70% da camada, mas ela se regenera nos meses seguintes.
Este ano, o buraco sobre o Ártico foi maior sobre o norte da Rússia e partes da Groenlândia e Noruega, o que significa que pessoas nessas regiões estavam mais expostas a radiações UV nocivas.
Segundo os cientistas, este buraco tem dimensões comparáveis aos buracos no ozônio da Antártida.
O estudo mostra que "uma destruição mais aguda no ozônio do Ártico pode exacerbar os riscos biológicos decorrentes da exposição aumentada à radiação ultravioleta, especialmente se o vórtex se transferir para cima de latitudes médias densamente povoadas, como ocorreu em abril de 2011".