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Bebê jogado de prédio na Alemanha deixa hospital

07 fev 2008 às 10:17

O bebê Onu Calar, que foi jogado pela janela de um prédio durante um incêndio na Alemanha, saiu do hospital nesta quinta-feira (7). Ele passa bem e vai ficar com um outro tio enquanto seus pais se recuperam de uma intoxicação com fumaça em um hospital.

Seu tio, que o lançou do terceiro andar, contou à imprensa alemã os momentos dramáticos antes de tomar a decisão de atirar a criança.


Kamil Kaplan disse ao jornal alemão Bild que estava convencido que jogar o bebê pela janela era a única maneira de salvá-lo.


"Eu estava na janela com os pais do nenê", disse o turco de 32 anos. "Daí eu olhei para o policial lá embaixo e tive certeza que ele o apanharia."


"Eu beijei o nenê e o deixei cair, e o policial o pegou", disse Kaplan, que depois foi resgatado pelos bombeiros com uma escada magirus.


O irmão, duas primas e uma tia do nenê não tiveram a mesma sorte e morreram no incêndio que teve um total de nove vítimas fatais, todas de origem turca.


Um porta-voz da polícia confirmou nesta quinta-feira que o nenê recebeu alta do hospital em que estava sob observação.


Investigação


Mais de 50 policiais alemães estão investigando as causas do fogo na cidade alemã de Ludwigshafen junto a quatro peritos turcos que chegaram nesta quinta-feira ao local da tragédia.


Há suspeitas de que o incêndio tenha sido criminoso. Duas crianças sobreviventes disseram que viram um homem pondo fogo na entrada da casa.


Além disso o mesmo prédio, que abriga um centro de cultura turca, já tinha sofrido uma tentativa de incêndio em agosto de 2006 com coquetéis molotov.


A polícia alemã disse que todas as possibilidades estão sendo investigadas, e que é cedo demais para determinar a causa da tragédia.


O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan deverá visitar o local da tragédia nesta quinta-feira.


Erdogan está fazendo uma visita oficial à Alemanha que já estava planejada há meses e decidiu incluir Ludwigshafen em seu roteiro.

As informações são da BBC Brasil.


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