Um atentado a bomba atingiu nesta sexta-feira vários prédios do quartel-general do governo da Noruega, em Oslo, e deixou pelo menos sete mortos e 15 feridos.
A polícia afirmou que a explosão foi causada por pelo menos uma bomba, mas não havia ainda suspeita sobre os autores do ataque.
Pouco depois, um outro ataque foi registrado em uma ilha próxima a Oslo. Um homem vestido de policial abriu fogo contra jovens reunidos em um encontro da juventude do Partido Trabalhista, na ilha de Utoeya. A imprensa local diz que pelo menos quatro pessoas morreram.
No atentado em Oslo, o escritório do primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, foi bastante atingido, deixando vários feridos, segundo testemunhas.
"Estou ileso e em segurança, mas esta é uma situação séria, com uma explosão enorme, muitas vítimas", disse o primeiro-ministro em conversa telefônica com a emissora local TV2. Stoltenberg afirmou que a polícia o aconselhou a não revelar onde está.
A polícia pediu para que a população fique em casa e limite o uso de celulares.
Escombros e fumaça
A explosão destruiu várias janelas do prédio de 17 andares onde estão instalações do governo, lançando destroços a uma distância de 400 metros.
Imagens de TV mostravam vidros e escombros nas ruas e fumaça saindo de alguns prédios. A carcaça de pelo menos um carro estava na rua, e testemunhas disseram "sentir cheiro de enxofre".
Todas as ruas de acesso ao centro da cidade foram fechadas, segundo a rádio norueguesa NRK. Forças de segurança retiraram as pessoas da área, temendo uma outra explosão.
Oistein Mjarum, porta-voz da Cruz Vermelha, contou que seu escritório ficava perto do local da explosão e acompanhou a reação ao ataque.
"Houve uma enorme explosão que pôde ser ouvida em toda a capital", disse Mjarum à BBC.
Feridos
O ministro de governo Hans Kristian Amundsen disse à BBC que ainda há feridos sob os destroços e não quis apontar possíveis causas do ataque.
"É impossível para nós especular em qualquer direção. Temos que focar nas operações de resgate. Ainda há pessoas nos prédios, há pessoas nos hospitais", disse Amundsen.
"Sabemos que essa situação é mais séria do que a maioria das que já tivemos na Noruega."
De acordo com a rede NRK, o primeiro-ministro Stolberg não quis comentar as possíveis causas do ataque. "Não vou especular sobre o ataque terrorista ter alguma relação com o envolvimento da Noruega na Líbia", afirmou.
O jornalista da NRK Ingunn Andersen disse que as instalações do maior tabloide norueguês, o VG , também foram atingidas.
"Vi que vidraças dos prédios do VG e do governo foram quebradas. Algumas pessoas ensanguentadas estão nas ruas. Está um caos completo por aqui", disse Andersen.