Acostumados com a rigidez de comportamento, os alemães presentes no 9º Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Goiás, ficaram surpresos com a performance na capoeira de cerca de 20 alunos excepcionais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). A luta, criada pelos negros brasileiros, está ajudando os deficientes mentais a enfrentar a vida em Goiás.
Daniel Gonzaga, 28 anos, é aluno da APAE e já pratica capoeira há três anos. "A capoeira melhorou os meus movimentos em pelo menos 70%", disse o rapaz, que há três anos não andava e hoje já dá alguns passos sozinho. Já Luciene Aparecida, de 30 anos, pratica a capoeira em cadeiras de rodas, apenas mexendo um braço, um dedo, o que pode. "Estou muito emocionada com a oportunidade de me apresentar aqui", disse, com dificuldade.
Segundo a coordenadora pedagógica da escola da APAE, Marilda Gonzaga, os alunos praticam a luta desde 2001. "O intuito é valorizar o deficiente e inseri-lo melhor na vida diária", avaliou.
No evento, iniciado no último domingo, representantes dos governos brasileiro e alemão discutem o incremento dos negócios entre as duas Nações. Participam da abertura do evento, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, das Relações Exteriores interino, Samuel Pinheiro Guimarães, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, além de empresários.
Participam, ainda, do encontro, pelo lado alemão, a ministra da Defesa do Consumidor, Alimentos e Agricultura, Renate Künast e o vice-ministro da Economia e Trabalho, Ditmar Staffet.