O governo alemão lançará um programa de 150 milhões de euros de ajuda para o retorno dos solicitantes de asilo que não permanecerão na Alemanha e que desejarem retornar para seus países de origem. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (9) pelo ministro do Desenvolvimento do país, Gerd Müller. As informações são da Rádio França Internacional.
A ajuda será principalmente destinada a pessoas vindas do Iraque, do Afeganistão e dos Bálcãs que quiserem voltar para casa. A medida também valerá para aqueles que tenham tido seu pedido de asilo rejeitado. De acordo com o ministro, a Alemanha vai ajudar essas pessoas a "ter um novo começo" em seus países de origem.
"Podemos lhes oferecer educação, uma formação, empregos, ajuda", afirmou Müller, em entrevista ao jornal regional Augsburger Allgemeine. Segundo ele, o país vai destinar 50 milhões de euros por ano a esse programa de retorno. No começo deste ano, Berlim já havia lançado uma iniciativa similar. A medida oferecia 700 euros aos refugiados sem chance de terem seu pedido de asilo reconhecido.
Leia mais:
Jake Paul vê fúria de Mike Tyson, mas usa físico e vence lenda do boxe nos pontos
Trump insinua candidatura para 3º mandato, o que é proibido pela Constituição
Meta climática do Brasil cita pela 1ª vez redução no uso de combustíveis fósseis
Chefe da Igreja Anglicana renuncia em meio a escândalo sobre abusador infantil
Imigração dificultada
Depois de receber 900 mil solicitações de asilo em 2015, a Alemanha decidiu endurecer em matéria de imigração. Sob pressão dentro do seu próprio partido, a chanceler alemã Angela Merkel garantiu que esse fluxo de imigrantes em massa, registrado no ano passado, não se repetirá.
Alguns políticos da Alemanha também denunciam, nos últimos meses, o baixo número de expulsões efetivas de pessoas que tiveram seu pedido de asilo rejeitado. Além disso, episódios como as agressões sexuais coletivas sofridas por alemãs no réveillon deste ano em Colônia, supostamente de autoria de imigrantes, e a morte de uma estudante de 19 anos por um afegão em Freiburg, em outubro, dificultam a situação dos requerentes de asilo no país.