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Ministério Público oferece denúncia contra PM de Londrina acusado de estupro de moradoras de rua

25 jan 2023 às 15:37

O Ministério Público do Paraná, por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Londrina, ofereceu na terça-feira (24) denúncia contra um policial militar, lotado no 5º BMP, investigado pela prática de dois crimes de estupro contra duas mulheres em situação de vulnerabilidade. O processo tramita sob sigilo e cabe à Justiça acatá-la ou não. 


O processo no MP foi finalizado um dia após a polícia civil encerrar o inquérito policial que investigava o caso e indiciá-lo por duplo estupro e uma importunação sexual. O procedimento foi conduzido pelo delegado Willian Douglas Soares que cobre férias na Delegacia da Mulher. 


O homem foi preso na semana passada no apartamento dele "após ampla coleta de material constitutivo do suposto delito e do depoimento das vítimas e testemunhas", segundo a polícia. Imagens de Câmaras de segurança mostram o Policial Militar fardado estacionando seu carro particular em frente a casa abandona na Rua Belém, centro de Londrina. O local serve de abrigo para moradoras de rua e usuárias de droga. 


De acordo com as investigações, o último crime de estupro teria ocorrido num domingo, dia 15 de janeiro. Os outros casos de estupro e importunação sexual teriam ocorrido nos dias 30 e 31 de dezembro de 2022.  O soldado estava lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar desde o final do ano passado, tendo servido anteriormente 30º BPM e teria cometido os crimes após o expediente. 

O boletim de ocorrência de uma das vítimas traz detalhes sobre o crime sexual, assim como as ameaças verbais, agressão física e intimidação com arma de fogo.


O advogado do PM, Eduardo Zanoncini Mileo, não retornou sobre o pedido de avaliação do indiciamento nem sobre o caminho da defesa. Já o advogado Mauro Martins, que atende, às vítimas, disse na terça-feira esperar que a denúncia seja acatada pela Justiça. Ele informou que entrará com uma ação contra o Estado para pedir indenização para as vítimas pelo dano moral e dano psicológico sofrido. 


Preso em Piraquara na região de Curitiba, o soldado está afastado das funções e deverá responder por um processo administrativo que pode culminar na sua demissão da corporação. 

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