Ata do Copom é a vedete do dia
Os investidores vão procurar verificar na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) se os diretores do Banco central contavam com a possibilidade de os índices de preços começarem a mostrar desaceleração no final de julho. Caso essa hipótese não tenha sido considerada é provável, segundo alguns economistas, que o mercado de renda fixa comece a se posicionar diante da perspectiva de retomada da flexibilização do juro, já no mês que vem. Essa percepção do mercado, no entanto, vai estar condicionada à sustentação do ritmo de desaceleração dos índices de inflação. Os dois indicadores do varejo que foram divulgados nesta semana, o IPC-SP e o IPC-Fipe, mostraram redução no ritmo dos preços, o que agradou o mercado e já fez com que os participantes do segmento de renda fixa projetassem taxas mais baixas para os contratos de juros mais longos.
Para o dia de hoje as expectativas são mais acentuadas e a bolsa de valores tende a ser menos volátil, a divulgação da ata do Copom vai determinar o rumo do mercado, as expectativas são otimistas.
Mercado Externo
A maior parte das bolsas de valores asiáticas fechou em queda nesta quinta-feira, abatida pelos altos preços do petróleo e por perspectivas pessimistas para o setor tecnológico. Em TÓQUIO, o índice Nikkei cedeu 0,78%, para 11.116 pontos, preocupado com os lucros corporativos, sobretudo de empresas de tecnologia, já em HONG ONG, o índice Hang Seng caiu 1,11%, para 12.183 pontos. Na CORÉIA DO SUL, o índice da bolsa local declinou 1,86%, para 730 pontos e na MALÁSIA, o índice da bolsa de Kuala Lumpur baixou 0,61%, para 833 pontos. Em TAIWAN, o índice Taiwan Weighted desvalorizou-se 0,63%, aos 5.349 pontos.
Os preços internacionais do petróleo recuavam nesta quinta-feira em relação aos recordes de alta registrados ontem. A queda reflete a notícia de que o Ministério da Justiça russo revogou a ordem para que a petrolífera Yukos paralisasse suas vendas. Os contratos futuros do petróleo em Nova York recuavam US$ 0,49, para US$ 42,41, no pregão eletrônico desta manhã, depois de atingirem o recorde histórico de US$ 43,05 na véspera. Em Londres, os contratos do petróleo tipo Brent caíam US$ 0,43, para US$ 39,10. Ontem, eles chegaram ao maior nível em 14 anos, a US$ 39,68.