Briga entre torcedores antes da partida, um péssimo resultado dentro de campo e críticas do gestor Sérgio Malucelli ao time que vive uma situação delicada na Série B. Definitivamente, o jogo entre Londrina e Operário é um daqueles que a torcida alviceleste quer apagar da memória. Para um torcedor do LEC, a tarde foi ainda pior. Ele se envolveu em uma confusão com policiais após soltar um rojão em direção ao público que ocupava a área dos visitantes, reservada na arquibancada do Estádio do Café
Em entrevista ao Portal Bonde, Leandro Alves da Silva, de 25 anos, diz que foi espancado por policiais e que teve um tímpano perfurado. Ele relata que acendeu um rojão antes de entrar no estádio, mas o artefato subiu pouco e caiu nas proximidades do portão de acesso, onde estavam a delegação do time adversário, policiais e torcedores com crianças.
De acordo com Silva, a PM disparou tiros de bala de borracha contra ele, que tentou fugir do local. A perseguição da equipe policial contra o torcedor durou algumas quadras como ele relatou, até que a polícia conseguiu pegar o torcedor.
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Após a abordagem, ele alega que foi colocado na viatura e foi levado ao vestiário do estádio, onde teria sido agredido com chutes e golpes de cassetete. Segundo Alves, as agressões só pararam quando um oficial chegou ao vestiário e ordenou que ele fosse levado à delegacia para prestar depoimento.
"Eu pensei que eu fosse morrer no momento em que entrei na viatura, pois estava sem documento e sem celular”, relatou.
Responsável pela comunicação da 4ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), tenente Emerson Castro afirma que presenciou o momento que o rojão foi aceso e disparado. Segundo ele, o artefato foi direcionado aos torcedores adversários, onde tinham crianças, famílias e policiais. Castro ainda explicou que a PM reagiu a abordagem policial sendo necessário o uso de força para detê-lo.
Sobre as agressões relatadas pelo torcedor no vestiário do estádio, o tenente informou que nada foi relatado no Boletim de Ocorrência pelo torcedor que deve ser novamente ouvido em oitiva, mas dessa vez pela Justiça.
"Essas agressões no vestiário não constam no Boletim, mas se isso realmente aconteceu ele deve procurar a sede da 4ª CIA e formular a denúncia no cartório para que seja apurado os fatos”, comentou Castro.
*Sob supervisão do editor on-line, Rafael Fantin