A polêmica envolvendo o reajuste da tarifa de transporte coletivo em Londrina ganhou status de guerra judicial. Enquanto o juiz da 9ª Vara Cível de Londrina, Aurênio José Arantes de Moura, acatou pedido de 'efeito suspensivo' protocolado pela promotoria pública e manteve a tarifa do ônibus em R$ 2,10, o presidente da CMTU, André Nadai, informou em entrevista à rádio Paiquerê que o valor continua em R$ 2,25.
"A tarifa não vai retornar para 2,10. O juiz deu um despacho dizendo que, como o recurso foi suspensivo, ele entende que estaria valendo a liminar que existia naquele momento. Mas a liminar já foi arquivada. A sentença está suspensa até que seja analisada", afirmou o presidente da CMTU.
O agravo, segundo ele, foi arquivado em um despacho de 4 de agosto pelo desembargador Marcos Moura.
O promotor de Defesa do Consumidor, Miguel Sogaiar, ficou "surpreso" com a declaração do presidente da CMTU. "Isso é um grande absurdo", avaliou.
Sogaiar salientou que se a tarifa não voltar para R$ 2,10, o presidente da CMTU estará incorrendo contra a lei. "Ele vai descumprir decisão judicial? Não preciso nem falar o que vai acontecer, né. Talvez, estejam querendo ganhar tempo", comentou. "A sentença dele (do juiz) não tem efeito em cima do reajuste. A CMTU fez isso por conta própria. A CMTU foi intimada e o município foi intimado. Eles vão ter que se ver com o judiciário" concluiu.