Após idas e vindas, o julgamento da morte de Eduarda Shigematsu, que tinha 11 anos, foi transferido para Maringá (Noroeste), que fica distante 79 quilômetros de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), onde a criança morava com a família paterna.
A decisão, do desembargador Benjamim Acácio de Moura e Costa, da 2ª Câmara Criminal do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná), entendeu que a não proximidade da Cidade Canção com o local onde teria acontecido o crime afasta os motivos "que colocaram em dúvida a parcialidade dos jurados". Agora cabe ao Tribunal do Júri de Maringá definir a data.
Eduarda desapareceu em 24 de abril de 2019. O corpo dela foi encontrado enterrado na garagem de um imóvel que pertence ao pai, Ricardo Seidi, quatro dias depois. Seidi é apontado pela Polícia Civil e o Ministério Público como o autor do assassinato da filha, o que nega. Ele está preso há mais de cinco anos e é réu pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
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A avó paterna, Terezinha de Jesus Guinaia, é acusada de ter ajudado a esconder o corpo da neta. Ela - que também rechaça a culpabilização - chegou a ser detida na época em que o caso veio à tona, mas foi solta após seis meses e hoje aguarda o julgamento em liberdade. O júri estava marcado inicialmente para março do ano passado em Rolândia, mas a defesa de Ricardo Seidi conseguiu uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedindo o desaforamento.
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