Londrina

Suspensão do vestibular divide opiniões

03 ago 2001 às 20:20

A decisão da Universidade Estadual de Londrina (UEL) de suspender o vestibular de inverno, que não vai mais ser realizado em julho do próximo ano, dividiu as opiniões dos membros do grupo criado em maio para discutir mudanças no concurso. Composto numa audiência pública realizada na Câmara, o grupo tem professores, estudantes, donos de colégios, representantes do Ministério Público e da Associação de Vereadores do Médio Paranapanema (Avempar). A proposta é a extinção do vestibular de inverno.

O presidente da Comissão de Educação da Câmara de Londrina e integrante do grupo, Carlos Alberto Bordin (PMDB), criticou a decisão ''unilateral'' da UEL, que considerou ''péssima''. Segundo o vereador, ele nunca foi a favor da extinção do vestibular de julho, mas de uma reformulação completa no sistema, com as aulas dos alunos aprovados nesse concurso começando em agosto. ''Com a decisão da UEL, a cidade vai perder. São 20 mil pessoas que deixarão de vir a Londrina no meio do ano'', apontou.


De acordo com Bordin, a reitoria e o Conselho de Administração da UEL haviam se comprometido a discutir, em setembro, alternativas com o grupo. ''Porém, mais uma vez a universidade impõe decisões sem que a comunidade seja consultada'', disse. Bordin está convocando uma reunião na segunda-feira com o grupo para discutir a decisão. Também vai encaminhar, via Câmara, um pedido de esclarecimentos à UEL, para que a instituição torne públicas as atas das reuniões dos conselhos.


Já o presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), Alderi Luiz Ferraresi, aplaudiu a decisão, classificando como ''corretíssima'', e espera que a medida seja tomada em caráter permanente. ''Quem ganhava com o vestibular de julho era a UEL, o comércio, os bares, os táxis. O aluno, só perdia.''


Segundo Ferraresi, com a decisão a UEL apenas corrigiu uma ''aberração''. ''A única divergência é sobre uma definição permanente se vai ou não haver outros vestibulares no meio do ano. O ensino médio não pode ficar refém de decisões temporárias'' - declarou.

*Leia mais na reportagem de Telma Elorza e Lúcio Flávio Moura na Folha de Londrina/Folha do Paraná deste sábado


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