Londrina

Setores de serviços prostestam contra a Reforma da Previdência na Concha Acústica nesta quarta

13 mar 2017 às 17:32

Nesta quarta-feira (15) setores de serviços e sindicatos se organizaram para realizar uma paralisação nacional contra a Reforma na Previdência. Em Londrina, não vai ser diferente. Na quarta-feira, às 9h, a Concha Acústica será o ponto de encontro para começar a movimentação contra a reforma.

A Viação Garcia, empresa dona da Londrina Sul Transportes Coletivos Ltda. e da Psiu, esclareceu que as linhas intermunicipais e municipais vão funcionar normalmente.


O comércio vai funcionar normalmente, mas segundo Manoel Teodoro da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Londrina (Sindecolon), alguns empregadores não irão liberar seus funcionários. "Mas por parte do sindicato há uma convocação, no site e no Facebook." A orientação é para que se encontrem na movimentação na Concha Acústica.


A prefeitura londrinense se manifestou sobre a paralisação e disse que "os trabalhadores que forem se manifestar nesta quarta-feira, 15 de março, não terão os seus direitos prejudicados, podendo para isso utilizar do banco de horas para desconto da falta. Não havendo horas adicionais, poderá optar pelo desconto de um dia de férias ou de licença-prêmio".


Incluiu ainda que no setor da saúde, os servidores que estão em escala de plantão deverão cumprir a sua jornada, sem prejuízos à população. Na educação, as escolas onde houver a opção pela paralisação das atividades, serão necessários a reposição das aulas, sem prejuízo do calendário escolar.


O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol) notifica a população usuária do Serviço de Transporte Coletivo Urbano, Metropolitano e Intermunicipal de Londrina e região, que em assembleia realizada na última quarta-feira (8), os trabalhadores aprovaram greve geral com paralisação dos ônibus que atuam em Londrina e região.


A paralisação faz parte do protesto nacional dos trabalhadores contra as reformas propostas pelo atual governo, que vai "contra os interesses sociais e nacionais dos trabalhadores", afirma o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva.


O Sindicato das Empresas de Ônibus Urbanos e Metropolitanos de Londrina (Metrolon) comunica aos seus usuários que, "em nome das empresas concessionárias de serviço de transporte público, que executam um serviço essencial à população, não medirá esforços para colocar a frota de ônibus em operação.


Todos que são usuários de ônibus para ir ao trabalho, escola e outros compromissos, que dependem dos nossos serviços, merecem nosso respeito.


Em respeito à população, conclamamos todos os trabalhadores que prestam serviços em nossa atividade a vir trabalhar normalmente", diz a nota da diretoria do sindicato.


APP Sindicato


A partir desta quarta-feira, professores, pedagogos e agentes educacionais iniciam a greve geral nacional, suspendendo as atividades nas escolas da rede estadual de ensino. A paralisação inicia a greve, que não tem data para terminar.


Hermes Leão, presidente da APP Sindicato, enfatizou o início da greve estadual dos professores após a paralisação do dia 15, em um vídeo na página do Facebook do sindicato. Uma caravana vai até Curitiba para o ato contra a reforma na previdência realizado na praça Santos Andrade, às 9h.


Mobilização nacional


A paralisação deflagrada no dia 15 de março conta com a adesão de inúmeras categorias profissionais. Estão previstos protestos, suspensão temporária de atividades e greve por tempo indeterminado em todos os estados. O movimento foi lançado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e ganhou o apoio de outras centrais sindicais brasileiras.


Entenda


As mudanças não entram em vigor imediatamente porque ainda dependem de aprovação no Congresso Nacional. A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para verificar a proposta. Caso seja aprovada, será criada uma comissão especial para análise.


No plenário da Câmara, a PEC tem de ser aprovada, em dois turnos, por três quintos dos deputados. No Senado, tem que passar novamente pela CCJ da Casa e por dois turnos no plenário, também com aprovação de três quintos dos senadores. Se o Senado aprovar o texto como o recebeu da Câmara, a emenda é promulgada e passa a valer como lei. Caso o texto seja alterado, deve ser enviado novamente para a Câmara para a análise das alterações feitas pelos senadores.

(Atualizada nesta terça feira (14), às 16h)


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