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Autonomia das universidades

Servidores no HU de Londrina permanecem em estado de greve contra terceirização da gestão do hospital

Caroline Knup - Portal Bonde
08 dez 2022 às 13:39

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- Divulgação/Agência UEL
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Os servidores do HU (Hospital Universitário) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) decretaram, em assembleia ocorrida na manhã desta quinta-feira (8) no campus da instituição, que irão permanecer em estado de greve até, pelo menos, a próxima semana.


A decisão demonstra o posicionamento contrário dos servidores ao PL (Projeto de Lei) 522/2022, que altera a gestão dos hospitais universitários em todo o Estado do Paraná.

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De acordo com Marcelo Seabra, presidente do Assuel (Sindicato dos Técnicos administrativos da UEL), os servidores não deflagraram greve, mas permanecem em estado de alerta e de protestos. A decisão será discutida, ainda, em uma assembleia que irá acontecer nas dependências do HU na tarde desta quinta.

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Seabra afirma que a insatisfação dos servidores quanto ao PL se refere à autonomia das universidades, o que traz prejuízos à comunidade interna e externa. "Nossa reivindicação inicial era que o projeto fosse retirado de pauta. Queríamos que houvesse uma discussão mais ampla com a sociedade, afinal, essas mudanças irão atingir os usuários, além dos servidores", explica.

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Leia mais: UEL e HU pedem suspensão de projeto de lei que reconfigura a gestão de hospitais universitários


No início da semana, o presidente do Assuel se reuniu com deputados da Câmara em Curitiba. De acordo com Seabra, alguns pontos do PL foram alterados, mas a categoria ainda considera o documento inconstitucional.

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Maurício Toledo, assessor jurídico do Assuel, aponta que o primeiro texto do PL - sem as emendas que foram propostas após as reuniões com os deputados - não trazia clareza e, por isso, causava dúvidas e inseguranças aos servidores e à sociedade.


Leia mais: Estudantes e funcionários do HU protestam contra terceirização

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"O Projeto de Lei apresentado originalmente pelo Governo do Estado cria, além de muitas dúvidas, uma insegurança muito grande. E foi isso que os servidores manifestaram aqui na assembleia: as incertezas que irão surgir caso um projeto dessa natureza seja aprovado", explica.


Apesar das emendas propostas pelos deputados e da insatisfação manifestada pelos servidores e por parte da sociedade, o Governo mantém o regime de urgência para a votação do Projeto de Lei.

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Leia mais: Associação Médica de Londrina mostra preocupação com projeto que tira da UEL gestão sobre o HU


A previsão é que o PL seja discutido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da AL (Assembleia Legislativa) na próxima segunda-feira (12).

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O Assuel afirma que, mesmo com as emendas, irá pedir a retirada do projeto. Caso não seja possível, o Sindicato irá reivindicar mudanças que tornem o PL menos danoso do que o texto original apresentava.


Estado de greve mantido


Ainda na tarde desta quinta-feira (8), os servidores do HU se reuniram em assembleia para discutir sobre o Projeto de Lei 522/2022.

Os servidores votaram a favor de manter o estado e greve da mesma forma que o grupo da assembleia do HC (Hospital das Clínicas) aprovou durante a manhã.


Atualizado às 16h03.

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