Os servidores técnico-administrativos da UEL (Universidade Estadual de Londrina) podem entrar em greve a partir de maio. De acordo com informações da Assuel (Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UEL), caso o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), não apresente uma nova proposta de reposição salarial, os servidores podem entrar em greve em maio, mês da data-base da categoria.
Na última sexta-feira (31), o governo do Estado anunciou uma reposição de 5,79% para professores e servidores das universidades do Paraná. De acordo com Marcelo Seabra, presidente da Assuel, o valor não agradou a categoria. “Nós estamos há sete anos sem reposição salarial, as perdas já alcançam 42% e o governo [do Estado] apresenta uma proposta que apenas vai repor a inflação do ano passado. Isso não é suficiente”, afirma.
Segundo ele, a expectativa era de que o governador apresentasse uma política salarial que, ao longo dos próximos quatro anos, fosse recuperando o poder de compra dos trabalhadores. “42% é quase metade do salário. É uma perda significativa e não há nenhuma ação deste governo que indique que ele pretende recompor o poder de compra”, ressalta.
Dessa forma, segundo ele, a insatisfação entre a categoria é grande e pode levar a uma greve caso o governo. “Nós vamos nos reunir com o Fórum das Entidades Sindicais [do Paraná] para estabelecer os próximos passos e mobilizações. Muito, provavelmente, estaremos em Curitiba para realizar algum ato”, explica. Segundo ele, o prazo para que o governo altere a proposta é o mês de maio: “É a nossa data-base, se o governo não apresentar uma nova proposta é possível que a gente entre em greve”.
De acordo com Seabra, foi entregue uma proposta de plano de cargo, carreira e salário ao secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Aldo Bona. “Se o plano for implementado, vai atenuar um pouco as perdas que os trabalhadores vêm tendo, mas não substitui a reposição salarial”, afirma. Segundo ele, o plano tem o objetivo de melhorar a situação do trabalhador e que tenha perspectivas de se qualificar, “mas não pode ser confundido com uma reposição salarial”.
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