O Sindicato dos Servidores Públicos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel Sindicato) decidiu, em duas assembleias realizadas durante esta quinta-feira (13), no campus da universidade e no Hospital Universitário (HU), dar início à greve de pelo menos 3,2 mil servidores da instituição na próxima segunda-feira (17). A mesma data foi escolhida por outros segmentos do funcionalismo público do Paraná, como policiais civis e professores, para paralisar as atividades, pois os setores demonstraram indignação com a revogação do reajuste salarial anunciada pelo governador Beto Richa (PSDB).
Após ofício enviado pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, na última terça-feira (11), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) suspendeu a tramitação da emenda que trata da revogação. De acordo com a assessoria do líder do governo no Legislativo paranaense, Luiz Cláudio Romanelli (PSD), a determinação oficializou aquilo que já havia sido acordado em reunião entre a APP Sindicato, responsável pelo interesse dos professores estaduais, e o governo estadual.
De acordo com o presidente da Assuel, Marcelo Seabra, apenas setores prioritários terão o atendimento mantido, como a urgência e emergência do HU, Hospital das Clínicas e Hospital Veterinário da UEL.
Na universidade, a intenção é paralisar todas as atividades consideradas "não essenciais". Na próxima quinta-feira (20), um novo encontro ente os servidores já foi marcado para discutir os resultados das reuniões que serão realizadas a partir da semana que vem com representantes do governo estadual.
Professores da UEL aprovaram paralisação de três dias a partir do dia 17. Os docentes afirmaram que a greve começa na segunda-feira, assim como a paralisação dos policiais civis.
A revogação do reajuste também foi incluída na pauta de reivindicações dos alunos estaduais, que já ocuparam mais de 280 escolas em todo o Paraná. A classe estudantil ainda protesta contra a PEC dos Gastos Públicos, a PEC 241. A matéria já foi aprovada na Câmara dos Deputados.