Audiência pública realizada nesta quarta-feira (1) deixou claro que a prefeitura de Londrina não repassou cerca de R$ 4 milhões à Santa Casa como verba rescisória aos antigos funcionários do Programa Saúde da Família. "O programa é federal e a Santa Casa era apenas a executora. Ela não tem recurso específico", denunciou o superintendente da Irmandade, Faad Haddad.
São 723 trabalhadores que reclamam da falta de pagamento. A rescisão do convênio entre Prefeitura e Santa Casa ocorreu em fevereiro deste ano.
Durante a audiência, houve quem pedisse assinatura de Termo de Ajustamento de Condutor (TAC) para garantir pagamento das verbas rescisórias. "Uma vez proposto o TAC, basta o vontade política em fazer pagamentos", disse o procurador do Trabalho, Luis Carlos Fabri. Uma ação civil pública não foi descartada na audiência.
O TAC não foi aceito pela prefeitura. O Executivo não sabe quais os valores a serem pagos aos funcionários.
Após a polêmica, os trabalhadores ameaçam suspender os serviços do Programa Saúde da Família.
"Não está descartada a possibilidade de greve", disse Gervásio Martins, advogado do Sindicato dos Profissionais da Área de Saúde de Londrina e Região (com CBN Londrina).