Uma proposta apresentada pelo vereador Ailton Nantes (PP) na Câmara Municipal de Londrina promete mudar a rotina dos usuários e funcionários de agências bancárias de Londrina. De acordo com a matéria, o uso de celulares será proibido nos espaços situados no interior dos bancos e destinados para transações financeiras. Os estabelecimentos deverão instalar placas informativas em pontos vísiveis alertando a área de restrição para utilização dos aparelhos.
Segundo o vereador, o projeto tem como objetivo combater as chamadas "saidinhas", estratégia usada pelos criminosos para surpreender os clientes na saida das agências. Nantes explicou que o uso do celular facilita a transmissão de informações para quem está do lado de fora. "O bandido que fica dentro do banco observa as pessoas sacando dinheiro e repassa a cor da roupa, o tipo físico e outras características para que o assalto seja concretizado. A insegurança é muito grande", disse.
A permissão só será concedida em casos de emergência ou de comprovada necessidade. O gerente responsável pelo estabelecimento é o profissional, conforme o projeto, designado para emitir a autorização. "Não são só as ligações que queremos restringir, mas o manuseio tradicicional no aparelho. Dessa forma, informações podem ser enviadas do dinheiro que está sendo levado", comentou Nantes.
Em situações de descumprimento, o gerente deverá pedir apoio da Polícia Militar para apreensão do celular, que será devolvido na saída do banco. A proposta foi enviada para análise da Comissão de Justiça da Câmara, que tem até o dia 13 de abril para dar o parecer.
Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários em Londrina, Regiane Portieri, toda segurança é bem-vinda, tanto para os clientes quanto para os bancários. "Precisamos analisar a opinião dos clientes e como ficaria a fiscalização. Entre os bancários o assunto é polêmico", explica.
Na próxima segunda-feira (27), Portieri afirmou que o assunto será discutido com a diretoria do Sindicato dos Bancários. Na ocasião, os bancários também vão expor suas opiniões acerca do projeto.
(Colaborou Fernanda Circhia)
(Atualizada às 20h15)