Londrina

Projeto original do BRT poderia subir tarifa de ônibus para até R$ 6 em Londrina

27 nov 2014 às 18:52

Ousado e caro. O projeto original do Bus Rapid Transit (BRT) foi "sepultado" pela Prefeitura de Londrina por conta do impacto que causaria ao preço da passagem de ônibus. O assessor especial de Projetos Estratégicos do município, Carlos Alberto Geirinhas, contou, em entrevista ao Bonde nesta quinta-feira (27), que o poder público precisaria transferir ao usuário do transporte coletivo os altos custos do sistema - tratado até então como inovador pela atual administração. Conforme Geirinhas, o preço da tarifa, atualmente de R$ 2,65, poderia chegar aos R$ 6 com o BRT devidamente implantado. "São números aproximados, mas que nos assustaram. O sistema mostrou-se totalmente eficiente, mas impagável", argumentou.

O Bus Rapid Transit era a principal obra da administração do prefeito Alexandre Kireeff (PSD). Os projetos originais previam a construção de duas faixas exclusivas para ônibus entre as regiões norte/sul e leste/oeste. O município tem R$ 125 milhões da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a execução das obras - dinheiro que ainda precisa ser liberado junto à Caixa Econômica Federal.


Geirinhas disse preferir chamar a nova concepção do sistema de "Superbus". "Vamos remodelar os projetos levando em conta as necessidades do nosso município", observou. Reportagem do Bonde de quarta-feira (26) antecipou que as iniciativas, após a remodelagem, podem passar a adotar características do modelo BHLS (Bus with High Level of Service), desenvolvido na Europa.


A prefeitura vai contar com a ajuda da Embarq Brasil, ONG especializada em projetos de mobilidade urbana, para a execução dos trabalhos. Em reuniões realizadas nestas quarta e quinta-feira, representantes do município e da entidade conseguiram formular o que o assessor chamou de "declaração de oportunidade para Londrina". "Definimos, por meio da declaração, as atividades que vão precisar ser feitas, os riscos a serem enfrentados e o planejamento necessário para os projetos serem alterados", explicou Carlos Alberto Geirinhas.

A próxima reunião de trabalho do grupo foi marcada para o dia 17 de dezembro.


Continue lendo