O delegado Guilherme Monseff de Biagi assumiu a chefia da Polícia Federal em Londrina. A portaria que confirma a saída de Cleo Matusiak Mazzotti do cargo foi publicada na edição desta terça-feira (9) no Diário Oficial da União.
Biagi veio de Foz do Iguaçu e já exercia a função desde janeiro, mas aguardava a nomeação para assumir o cargo de forma definitiva. O delegado-chefe afirma que as ações de combate ao contrabando e tráfico de drogas são a principal demanda da região de Londrina.
"Temos uma região bem extensa para trabalhar. O foco tanto da Polícia Federal quanto meu como delegado que já trabalhei em fronteira é o tráfico e o contrabando. O que entra de maconha, cocaína e crack vem das fronteiras, Foz e Guaíra. Londrina é rota de passagem para o estado de São Paulo e é destino também, porque temos uma população elevada", analisa o novo delegado-chefe, que ressalta estar atento também a casos de desvio de verba pública e corrupção.
Questionado sobre a pirataria e a grande quantidade de camelódromos da cidade, Guilherme de Biagi garante que o problema é social, e envolve diversos setores do poder público. "É uma questão social, de renda, que traz responsabilidade a todos os poderes. Não é chegar lá e fechar. As pessoas que trabalham lá precisam sobreviver. Apenas uma ação repressiva da Polícia Federal não resolve. Já foi feito e não deu certo", afirma, lembrando a Operação Capitão Gancho 2, realizada em julho de 2007, quando foram apreendidos dez caminhões com produtos diversos. Houve reação por parte dos comerciantes, seguida de confronto entre policiais e manifestantes nas ruas do centro da cidade.