O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), José Carlos Bruno de Oliveira, participou da sessão da Câmara de Vereadores de Londrina na tarde desta quinta-feira (11) e criticou o processo adotado para licitação do programa "Boa Praça".
Nenhuma empresa se interessou pelo certame que teve o resultado divulgado no final de agosto. Ele defendeu que um chamamento pode ser colocado no site da prefeitura, como em outros municípios, para divulgação do programa "Boa Praça", que tem o objetivo de firmar parcerias com a iniciativa privada para recuperar praças e espaços públicos. Pela iniciativa, as empresas ficariam responsáveis por revitalizar as áreas e, em troca, utilizá-las para instalar equipamentos publicitários.
"Qualquer empresa pode demonstrar interesse pelo site da prefeitura. Se em cinco dias, ninguém mais mostra o mesmo interesse, o município assina o convênio e a empresa passa a cuidar do espaço público imediatamente. Mas, aqui em Londrina, teve que ser licitado, obrigatoriamente, o que muda a facilidade e a rapidez no sucesso do programa. Isso trava o processo", avaliou.
Oliveira também confirmou que a companhia teve dificuldades na comunicação do programa para os interessados. "O empresário tem que ser estimulado, motivado e aceitar isso como um benefício. Não só pela marca, mas por estar engajado em um programa da cidade."
O presidente da CMTU declarou que o processo licitatório "engessa" a motivação do empresário. "Eu e os diretores da CMTU não podemos fazer isso sob pena de contaminar o processo. A ACIL pode fazer isso e já aceitou ajudar a companhia", informou.
Ele ainda lembrou que a CMTU não pode utilizar outdoors para divulgar o programa "Boa Praça", o que confronta a legislação que trata dos processos licitatórios. "Um programa belíssimo com benefícios para Londrina fica enroscado e amarrado. Por isso, precisamos dessas parcerias", afirmou o presidente da CMTU, que não descartou a possibilidade da dispensa de licitação caso o resultado do certame seja deserto novamente.