Londrina

Nedson diz nada saber sobre propina no caso Shirogohan

17 mar 2010 às 23:46

O ex-prefeito Nedson Micheleti (PT) afirmou na manhã desta quarta-feira (17), em interrogatório na 3ª Vara Criminal de Londrina, desconhecer qualquer eventual pedido de propina para aprovação de projeto de lei que autorizou a boate erótica Shirogohan, localizada às margens da BR-369, na saída para Ibiporã, para lá funcionar um motel.

Oito ex-vereadores e o atual vereador pastor Renato Lemes são réus no processo. Os ex-vereadores que figuram no polo passivo da ação são Sidney de Souza, Gláudio Renato de Lima, Luiz Carlos Tamarozzi, Flávio Vedoato, Osvaldo Bergamin, Renato Araújo, Orlando Bonilha e Henrique Barros.


Nedson foi arrolado pelo Ministério Público – autor da ação penal – como testemunha, já que participou de um churrasco em uma chácara promovido pelo dono da boate, Claudemir Medeiros, que seria "em agradecimento" à mudança de zoneamento. "Fui perguntado pela juíza e pelo promotor sobre o churrasco do qual participei e afirmei que enquanto estive lá nada foi mencionado", disse Nedson à Rádio Paiquerê AM.


Em depoimento na fase de investigações, feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o empresário Claudemir Medeiros confirmou ter sido vítima de concussão, que é a extorsão praticada por agente público. Mendes disse que negociou valores com Sidney de Souza, ex-presidente da Câmara e o preço mínimo para aprovar o projeto seria de R$ 15 mil.


O empresário confirmou ainda que pagou o valor em 2006 na presença de Sidney e do ex-vereador Orlando Bonilha. Após a aprovação do projeto, um churrasco foi oferecido por Claudemir Medeiros a um grupo de vereadores. Bonilha, réu confesso no esquema de cobrança de propina, também confirmou a extorsão e o pagamento.

Na oitiva de quarta, nenhum réu foi ouvido pela juíza Adriana Silva, mas sim, apenas testemunhas de defesa.


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