Ex-alunos do Ceebja
Na manhã desta quarta-feira (27), o secretário municipal de Obras e Pavimentação, Walmir Matos, informou que recebeu a conclusão do laudo oficial sobre a perícia realizada na ponte localizada na Rodovia Mabio Gonçalves Palhano, entre o shopping Catuaí e o Centro de Eventos.
De acordo com o documento, a queda da ponte não foi decorrente de erro causado em alguma etapa do projeto ou da execução da obra, ou seja, não foi culpa da construtora e nem do projetista. Segundo o laudo, a estrutura projetada era segura em condições normais de drenagem do Ribeirão Cafezal. O laudo independente foi feito por Vitor Faustino Pereira, professor da Universidade Estadual de Londrina e engenheiro calculista da empresa Estrutural, contratada via licitação.
Acredita-se que a velocidade e o nível da água das fortes chuvas de 11 de janeiro deste ano geraram esforços nos pilares e fundações, que não estavam projetados. Por isso, a conclusão a que se chegou foi de que as causas do colapso devem ter sido a velocidade da água e o fato dela ter encoberto a ponte, e que pode ter sido ocasionado por erosão da base das sapata.
"A conclusão do laudo nos deixa aliviados, pois temos agora uma resposta concreta daquilo que efetivamente causou a queda da ponte. De certa forma, antes do laudo, estávamos presos com a dúvida sobre alguns fatores, que agora ficaram esclarecidos", explicou Matos.
A partir de agora, os técnicos da Secretaria de Obras e Pavimentação vão estudar qual é a forma legal que o município deve proceder para fazer a recuperação da ponte, se será através de aditivos de contrato efetuados com a própria executora (que ainda está em aberto) ou se será através de um novo processo licitatório. O novo projeto levará em consideração as recomendações anexadas pelo perito.
A Secretaria de Obras e Pavimentação estima que a reconstrução de uma nova ponte no local deve levar 180 dias para ser finalizada. O que deve começar a ser feito após o estudo técnico. A foi orçada em aproximadamente R$ 750 mil. No entanto, a Prefeitura suspendeu preventivamente o pagamento da última parcela, no valor de R$ 380 mil, até que o laudo apontasse a causa oficial dos danos à estrutura.
Além dessa ponte, as chuvas danificaram total ou parcialmente 45 pontes e pontes-aterro. Destas, aproximadamente 25 pontes já foram recuperadas pelo Município.