O promotor Rogério Barco de Toledo apresentou no último sábado (29) um pedido de júri popular para o motorista Rodrigo Batistoni, que na madrugada do dia 3 de março deste ano, na rua Francelho, Vila Nova, em Arapongas, atropelou Vanessa do Prado, 33 anos. Ela morreu três dias depois em um hospital da cidade por causa do forte impacto, já que teve traumatismo craniano. A vítima estava acompanhada do namorado, Daniel Pereira Machado, e mais um amigo, que sobreviveram. Todos saíam de uma missa realizada em uma igreja católica do bairro.
Para o Ministério Público, ele deve ser julgado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, omissão de socorro, já que não parou para prestar ajuda, e fraude processual. O promotor destacou as diferentes versões de Rodrigo durante o inquérito policial e o interrogatório no Fórum. O jovem de 19 anos foi preso na casa da irmã pela Guarda Municipal.
Na primeira fase, disse ao delegado Ricardo Jorge, adjunto da 22ª SDP (Subdivisão Policial) e coordenador das investigações, que não havia bebido antes de pegar o carro que atropelou Vanessa. Já na segunda parte, afirmou que ingeriu apenas uma lata de cerveja e ficou tomando Coca-Cola com a namorada, uma adolescente, e alguns amigos também antes de dirigir.
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O condutor entrou pela contramão na rua Francelho, mas disse à Justiça que não conhecia o sentido da via. Depois de fugir, contou ao pai no dia seguinte sobre o acidente e viajou para São Paulo (SP) visitar a avó, que, conforme ele, estaria doente. O MP duvida dessa informação e ponderou que "a viagem foi programada" após a batida que tirou a vida da dona de casa.
Na visão do promotor, há contradições nas oitivas de Rodrigo durante o inquérito e no interrogatório em juízo sobre os estragos provocados em sua Saveiro. Em um primeiro momento, declarou que, por conta da colisão, o para-brisa e o retrovisor foram quebrados. Na segunda vez em que foi ouvido, alterou o que falou inicialmente ao delegado, afirmando desta vez que o carro não teria ficado com nenhum dano.
A defesa do acusado informou que só irá se manifestar no processo. Agora, o advogado Fernando Ivorlei Moreira poderá questionar o entendimento do MP. Depois é a vez da Justiça decidir o futuro de Rodrigo Batistoni.