A assessoria jurídica do Movimento Evangélico para Libertação de Vidas (Melvi) protocolou nesta segunda-feira na 10ª Vara Cível a defesa do processo de interdição da instituição, determinada pela Justiça em 16 de junho.
A decisão, pedida pelo Ministério Público, foi motivada por vistoria da Vigilância Sanitária, que teria constatado falta de condições de higiene. Na defesa, a instituição sugeriu a diminuição do número de atendidos para voltar a funcionar e continuar a fazer as reformas no prédio, exigência da Justiça.
O advogado Louriberto Gonçalves e o presidente da Melvi, pastor Claudionor Rodrigues, entre outras pessoas ligadas à entidade, pediram que o promotor de Defesa de Saúde Pública, Paulo Tavares, intercedesse para voltar as atividades. ''Não importa a questão numérica, estamos tratando de vidas humanas'', respondeu Tavares.
''Seremos muito rigorosos porque, segundo relatório da Vigilância, a entidade não tem condições mínimas de higiene para atender as pessoas'', completou Tavares. Segundo ele, a entidade deverá reformar e organizar um programa de recuperação e assistência aos dependentes, para depois tentar a reabertura. Os internos foram encaminhados para outras instituições.
Apesar da interdição, alguns amigos do pastor - ex-internos - estavam dormindo no local até a semana passada. A reportagem esteve nesta segunda no Melvi. O portão estava fechado.