Londrina

Mecanismo de comunicação é usado no controle de pragas

03 out 2007 às 11:28

No V Encontro de Ecologia Química (EBEQ), que está ocorrendo em Londrina (PR), o pesquisador brasileiro Walter Leal, que trabalha na Universidade da Califórnia (EUA), vai abordar, nesta quarta-feira (3) à tarde, o uso econômico de semioquímos - substâncias usadas na comunicação entre os organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes - na área médica e agrícola.

De acordo informações da Embrapa Soja, Leal explica que os feromônios sintéticos usam o mesmo princípio dos ferômonios naturais - substâncias químicas que os insetos utilizam para se comunicar dentro de sua própria espécie. A fêmea dos insetos, por exemplo, usa o feromônio sexual para atrair o macho para o acasalamento. "Ao entender essa linguagem usada entre os insetos, criamos feromônios sintéticos", explica Leal.


Segundo ele, hoje existem no mercado inúmeros produtos sintéticos usados para o controle de pragas de diversas culturas como o algodão e as amêndoas, por intermédio de confundimento sexual. A estratégia usa o feromônio sintético - que exala uma substância similar ao "cheiro" da fêmea - para confundir o macho que morre por exaustão sem encontrá-la.


Leal explica que outro uso dos produtos sintéticos é o monitoramento de pragas de difícil controle. "Isto é um avanço porque se sabemos o nível de população dos insetos, podemos evitar aplicações de inseticidas desnecessárias".

A Embrapa Soja, unidade de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promove o V Encontro Brasileiro de Ecologia Química (V EBEQ) de 1º a 4 de outubro, no Hotel Blue Tree Premium, em Londrina.


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