O protesto dos camelôs de Londrina continuou nesta sexta-feira (13), quando centenas de manifestantes se reuniram durante a manhã, com faixas, cartazes e até carro de som, em frente ao Camelódromo Central da cidade. Em passeata, eles percorreram as ruas do Centro até o Calçadão. Segundo a reportagem da Folha de Londrina, por onde passavam, iam encontrando a grande maioria das lojas já com portas fechadas - reflexo da ação do dia anterior.
A revolta do grupo, que teve sérias consequências nesta quinta-feira, é devida a Operação Capitão Gancho 2, realizada no Camelôdromo. Mais de 300 boxes foram lacrados e suas mercadorias apreendidas pela Polícia e Receita Federais.
De acordo com a Polícia Militar, a manifestação foi pacífica e não houve registro de vandalismo.
Receosos, os comerciantes passaram o dia abrindo e fechando seus estabelecimentos. Sempre que os manifestantes se aproximavam, as portas eram fechadas. Alguns comerciantes se queixaram sobre os prejuízos que vêm acumulando por causa das manifestações dos camelôs, principalmente porque este é um período bastante movimentado para o comércio.
Já o Royal Plaza Shopping - invadido na tarde de quinta - conseguiu permanecer aberto com a ajuda de pelo menos três policiais em cada porta de entrada. Ao passar em frente ao shopping, os manifestantes pediram que os lojistas fechassem, mas não entraram em confronto.
Acil - ''Este protesto é uma retaliação contra a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), que provocou tudo isso ao fazer uma denúncia ao Ministério Público'', explicou Rogério Gonsales, presidente da ONG Canaã, entidade que representa os camelôs. Ele ainda garantiu que o comércio também será fechado neste sábado.
Durante todo o dia houve o policiamento orientado da Polícia Militar pelas ruas centrais da cidade. De acordo com informações do porta-voz da PM, tenente Eguedis, à reportagem do Bonde - O Portal de Internet da Folha de Londrina, o trabalho da PM continua neste sábado (14). Os policiais vão acompanhar toda a manifestação, prevista para começar às 9h.
Apoio - No período da tarde, o prefeito Nedson Micheleti ofereceu apoio financeiro aos camelôs. Ele disponibilizou a Casa do Empreendedor para financiar capital de giro aos 316 lojistas do Camelódromo Central, permitindo que possam recompor os estoques ''esvaziados'' durante a operação.
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