Com a morte de um menino de 14 anos, anteontem à noite, no Conjunto João Turquino e mais a confirmação, ontem, pelo delegado do 2º Distrito Policial, Manuel Pelisson, de que a morte de Luís Levíndio Moreira, 38 anos, no dia 21 de janeiro, foi causada por espancamento (e não atropelamento), a cidade atingiu um triste recorde: 40 homicídios em 56 dias.
No ano passado, no mesmo período, foram registrados 18 assassinatos. Porém, mais que grande número de mortes, o que deixa os londrinenses aterrorizados é o número pequeno de prisões ocorridas por essas mesmas mortes: das 40, apenas uma teve os assassinos, quatro menores, apreendidos em flagrante.
Mesmo com a determinação do delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Jurandir Gonçalves André, para que os delegados representem pela prisão preventiva de todo suspeito de homicídio, a polícia está encontrando dificuldades em cumprí-la.
De acordo com André, todos os delegados de Londrina estão empenhados em descobrir e prender os assassinos. ''Mas um inquérito de homicídio é um processo complexo, que leva até 90 dias (com pedido de mais prazo) para ser concluído'', afirmou. Segundo ele, vários inquéritos já estão sendo finalizados e, em alguns casos, os mandados de prisão foram expedidos. ''Posso afirmar que 90 por cento dos casos já foram esclarecidos'', garantiu.