Prestes a completar 14 anos, o assassinato da estudante universitária Amanda Rossi, 22 anos, ganhou um novo capítulo. Na última sexta-feira (9), o juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo César Roldão, arquivou o inquérito de quem mandou matar a jovem, que cursava o segundo ano de Educação Física da Unopar (Universidade Norte do Paraná). Ela desapareceu na noite de 27 de outubro de 2007 e foi encontrada morta dentro da casa de máquinas da piscina do campus do Jardim Piza, zona sul de Londrina.
O arquivamento atende um pedido do Ministério Público. Segundo o promotor Tiago de Oliveira Gerardi, todas as diligências foram feitas para descobrir o possível mandante, o que não aconteceu. Além disso, ele citou que a investigação é antiga, o que prejudica a produção de novas provas ou identificação de suspeitos. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Amanda morreu por asfixia mecânica após ser esganada.
A decisão causou revolta no pai da estudante, Luiz Rossi. "A Polícia Civil até chegou a indiciar uma pessoa, mas, pelo que soube, não houve indícios o suficiente para denunciá-la. Não sei o que pode ser feito a partir de agora, mas vou continuar buscando justiça. Quero saber quem mandou matar a minha filha. Até hoje não tenho essa resposta", disse.
Condenados
Se o mandante não foi encontrado até hoje, a apuração policial fez com que três pessoas fossem condenadas pelo crime. Dayane de Azevedo, Alan Aparecido Henrique e Luiz Vieira da Rocha foram presos e acusados de participação na morte de Amanda. O Tribunal do Júri aplicou penas que variam entre 19 e 23 anos de prisão.
Os homens negaram qualquer envolvimento. Dayane, tanto no inquérito quanto durante as audiências de instrução, foi a única a apontar um suposto arquiteto do assassinato, mas não confirmou o nome da pessoa. Sem essa informação, o promotor explicou ao juiz que "não há elementos suficientes para eventual oferecimento da denúncia".