Londrina

Londrina Competitiva influenciou na saída de secretários

28 out 2011 às 18:17

O Movimento Londrina Competitiva, formado por mais de 130 empresários locais, influenciou em decisões importantes tomadas, no início deste ano, pela atual administração municipal. A consultoria, feita pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial (INDG) nas contas da prefeitura, durante 17 meses, apontou em janeiro, problemas na gestão da Secretaria Municipal de Saúde.

Questões que, segundo o empresário Flávio Meneguetti, culminaram na saída do até então secretário de Saúde, Agajan der Bedrossian. "Após a constatação dos problemas, pedimos o afastamento [do secretário] para o prefeito. Ficou entendido que o município só ia conseguir resolver as falhas, caso houvesse mudanças na diretoria. Neste ponto, a gestão pública não se difere muito da privada", explicou Meneguetti, que foi um dos coordenadores do Movimento Londrina Competitiva durante a consultoria do INDG.


No entendimento do empresário, a secretaria só começou a resolver os "problemas de gestão" depois da saída de Agajan e da entrada, na época, da servidora de carreira Ana Olympia Dornellas. "São ações positivas que vão começar a dar resultados daqui a alguns meses", disse Meneguetti, referindo-se ao fim dos contratos da prefeitura, em junho, com os institutos Gálatas e Atlântico – utilizados em um esquema de desvio de dinheiro público – e ao projeto de municipalização dos serviços que, anteriormente, eram mantidos pelas duas entidades.


Outro secretário que se viu afastado após questionamentos do movimento é Marco Antônio Cito, que esteve à frente da Gestão Pública até maio e, a partir de então, foi ‘transferido’ para a Secretaria Municipal de Governo. "Constatamos que ele [Cito] não conseguiu entregar o Plano de Gestão de Compras a tempo e comunicamos o atraso ao prefeito. A gente não tem o poder de pedir a saída de ninguém. Somos empresários e não políticos. Nós só avisamos sobre os problemas constatados, mas quem tomou a decisão foi o prefeito."

Outro problema relacionado ao nome de Marco Cito envolve o aditivo irregular, autorizado por ele, ao contrato firmado entre a prefeitura e a empresa Proguarda, responsável pela limpeza de prédios públicos. O aditivo, suspenso após ser questionado pela Controladoria-Geral do Município e pelo Ministério Público, iria onerar o contrato em R$ 2 milhões.


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