Transformado em atividade econômica e fonte de sobrevivência pelos excluídos do mercado de trabalho, o lixo passou a ser disputado por um número alarmante de pessoas. A concorrência levou os ""empresários do lixo"", que antigamente interessavam-se apenas pelo papel, a pegar todo tipo de resíduo com possibilidade de reciclagem. Eles lotam seus carrinhos e depois de separar o que lhes interessa, acabam se livrando do restante em qualquer terreno próximo. O resultado são as inúmeras lixeiras a céu aberto espalhadas por Londrina.
A maioria não sabe o que fazer do lixo que não serve para comercialização. Artur Coelho, 49 anos, diariamente amontoa no quintal de sua casa no Jardim Santa Fé, zona oeste, uma grande quantidade de lixo. ""O que eu não posso aproveitar jogo num terreno aqui perto. Não tem um lugar certo pra gente se livrar do lixo"", reclama.
Os carroceiros que prestam serviços de aluguel retirando entulhos de terrenos e residências também despejam o material coletado em terrenos vazios. Numa rápida andada pela cidade é possível ver diversos carroceiros. A Companhia Municipal de Transporte e Urbanização (CMTU) não tem um levantamento da quantidade de catadores de lixo que atuam na cidade. As pessoas que estão no ramo porém afirmam que há mais dois mil.
* Leia mais na reportagem de Érika Pelegrino na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná desta quinta-feira