Tadeu Procópio Bueno Júnior foi preso preventivamente em 20 de dezembro de 2018, acusado de crime de estupro em Londrina. O fisioterapeuta está preso na unidade 1 da PEL (Penitenciária Estadual de Londrina). Conforme a advogada de acusação Bárbara Garla Stegmann, o MP (Ministério Público) entendeu que era um caso de pedir a prisão preventiva pela gravidade do caso e também por ter indícios suficientes do crime de estupro. A vítima denunciou Procópio em novembro de 2018.
Em 21 de dezembro, a defesa do acusado, o advogado Josafar Augusto da Silva Guimarães, pediu a revogação da prisão, mas esta foi indeferida pelo juízo do Plantão Judiciário de Londrina. Em seguida, ainda em dezembro, a defesa impetrou um habeas corpus, que segundo a promotora da 4ª Vara Criminal de Londrina Caroline Esteves, foi negada liminar. "Depois disso, a defesa impetrou outro habeas corpus, mas a desembargadora entendeu que já havia um em trâmite e rejeitou o segundo. E no dia 31 de janeiro foi julgado e negado mérito", explicou a promotora à reportagem.
De acordo com o processo, no último dia 8 outro pedido de revogação da prisão foi indeferido pelo juízo da 4ª Vara Criminal de Londrina.
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Segundo Esteves, após ter sido oferecida a denúncia por estupro de vulnerável e ser recebida pelo MP (Ministério Público), a defesa apresentou resposta a acusação, arrolou testemunhas e requereu provas. "O juiz marcou uma audiência para 27 de março", informou a promotora.
Na tarde de terça-feira (12), a reportagem entrou em contato com Guimarães que adiantou que uma das testemunhas a favor de seu cliente será ouvida na próxima segunda-feira (18). De acordo com o advogado, a oitiva da testemunha em questão será nesta segunda, pois a pessoa mora fora do Brasil e veio até o País somente para isso. "Essa primeira oitiva vai começar a elucidar os fatos", acredita.
Segundo Guimarães, o próximo passo será recorrer a Brasília para pleitear um novo habeas corpus. De acordo com o advogado, a expectativa dele é que o cliente consiga a autorização para deixar a prisão. "Até o presente momento só temos versões de supostas vítimas. A partir do momento que tivermos as versões das outras testemunhas para equilibrar isso aí a história começa a mudar. A verdade dos fatos vai vir durante a discussão processual. Antes nós só temos as acusações. O direito de defesa do acusado começa a partir do momento que a instrução processual se inicia. É aí que ele vai poder falar e apresentar as provas que tem a favor dele. E somente após isso que o juiz poderá ter um posicionamento", esclarece.
Ainda conforme o advogado, serão apresentadas imagens que, segundo ele, mostram Procópio e a vítima, que o denunciou em novembro de 2018, nos momentos da entrada e saída do prédio que o réu reside. Na matéria veiculada pelo Bonde em dezembro de 2018, Guimarães afirmou que entre as testemunhas está o porteiro do prédio em que seu cliente mora. "O porteiro afirmou que os dois entraram se beijando no elevador", disse o advogado na época.
No entanto, de acordo com a advogada Bárbara Garla Stegmann, em dezembro de 2018, o caso passou por três juízos diferentes e todos fizeram com que o investigado permanecesse preso. "Há indícios e provas suficientes, como a credibilidade da fala da vítima e pelos laudos do IML, que mostraram que houve sim violência. Os laudos foram feitos por peritos do Governo do Estado", ressaltou a advogada.