Londrina

Justiça determina retorno de 50% dos ônibus em Londrina

22 fev 2013 às 13:41

A Justiça determinou o retorno de 50% dos veículos do transporte coletivo em Londrina. Assim, metade dos ônibus voltaram a circular pela cidade no início desta tarde apesar da greve deflagrada na manhã desta sexta-feira (22). A decisão judicial foi assinada pela juíza da 4ª Vara do Trabalho, Ziula Cristina da Silveira Sbroglio. Caso o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Londrina (Sinttrol) descumpra a determinação, a entidade pode ser multada em R$ 50 mil por dia.

O mandado da Justiça ainda afirma que as saídas dos ônibus não podem ser impedidas pelos grevistas, como ocorreu durante a manhã de hoje. Com a decisão judicial, o serviço retorna com aproximadamente 230 veículos. A empresa Transporte Coletivos Grande Londrina (TCGL) possui uma frota de 383 ônibus e a Londrisul tem entre 80 e 90 veículos.

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Londrina (Metrolon) entraram na justiça para pedir o funcionamento de pelo menos 30% da frota de ônibus em Londrina. Os motoristas e cobradores da cidade entraram em greve e nenhum ônibus saiu da garagem das empresas e cerca de 160 mil pessoas foram prejudicadas.

De acordo com o presidente da CMTU, Carlos Alberto Geirinhas, a lei exige que pelo menos 30% da frota esteja funcionando mesmo em caso de greve. Ainda assim, a companhia apelou para que pelo menos 50% dos ônibus voltem a circular. "Na mesma petição em que pedimos a volta do serviço mínimo, pedimos para que pelos menos 50% dos ônibus voltem, para tentar minimizar os transtornos".

Uma equipe da Companhia já está realizando um estudo para saber quais linhas devem voltar a funcionar. A CMTU também informou que vai acompanhar o fluxo de veículos em serviço para garantir que metade da frota esteja a disposição dos usuários nas ruas.

Em entrevista ao Bonde, o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, informou que ainda aguarda uma nova proposta da empresa. Porém, segundo ele, nada impede que a greve seja suspensa ainda hoje e que as negociações continuem com os cobradores e motoristas trabalhando. "Não vejo nada demais o prefeito ligar ou o próprio Geirinhas nos ligar e pedir pra gente voltar. O dia de hoje poderia ficar como um protesto e a gente negociaria com as empresas trabalhando", afirmou.


Continue lendo