Achados e perdidos
Em menos de 24 horas, o jornalista Luís Fernando Wiltemburg perdeu o pai, a mãe e irmão em decorrência da Covid-19, em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo. Os três estavam internados há algumas semanas na Santa Casa da cidade.
No sábado (10), Luís Fernando perdeu o irmão Sérgio Luís, 39 anos, pela manhã, e à tarde também a mãe, dona Nilza Wiltemburg dos Santos, 70 anos, ambos afetados pela Covid-19. Sérgio Luiz deixa a esposa, Michele, e um filho de cinco anos, João Pedro. Dona Nilza deixa o filho Luis Fernando, além de outros familiares.
Neste domingo (11), o pai do jornalista, Luiz Alberto Santos, que estava internado para tratamento, também faleceu em decorrência da Covid-19. A avó do jornalista e mãe de Nilza, dona Maria Wiltemburg Pontes, teve a doença anteriormente, mas faleceu com outro quadro no último dia 2 de abril, aos 90 anos.
O corpo de Sérgio foi sepultado às 15h de sábado no cemitério local. Nilza e Luiz foram sepultados na tarde de domingo (11). Não houve velório.
A Redação da Folha de Londrina/Portal Bonde vem prestar ao colega irrestrita solidariedade e lamentar evento tão trágico que atingiu seus familiares.
Luís Fernando, que tantos serviços tem prestado à imprensa, trabalhando para que as informações sobre a pandemia cheguem de forma ética e correta aos leitores, é mais um brasileiro que passa pela dor desta tragédia nacional. Como seus colegas, nos empenhamos a cada dia para que os contágios e as mortes sejam reduzidas até cessarem em nossa cidade e em todo o país. Prestamos solidariedade às famílias dos doentes, dos que partiram e continuamos nossa luta na linha de frente da informação para que o luto deixe de ser manchete nestes dias tão tristes.
Nas redes sociais, Luís escreveu: "Em um dia, eu perdi minha família e toda referência de retidão, de honestidade, de humanidade, de justiça, de integridade, que forjaram meu caráter. Estou desolado, destruído".
O jornalista alertou que todos se cuidem, fiquem em casa, usem máscara sobre o nariz e a boca, higienizem as mãos e exijam a aceleração da vacinação contra o coronavírus.