Uma solenidade na manhã desta sexta-feira (24) marcou a assinatura do contrato de doação do acervo do Grupo Folha de Londrina para a UEL (Universidade Estadual de Londrina). Milhares de edições e fotos do acervo da Folha de Londrina vão ficar aos cuidados do Museu Histórico de Londrina (MHL) e do Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica (NDPH), vinculados ao Departamento de História do Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH). O NDPH ficará responsável por digitalizar todo o material, que será disponibilizado pelo MHL à comunidade através de uma plataforma online.
José Miguel Arias Neto, coordenador do Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica, explicou que é a primeira vez em que há um contrato firmado entre três partes: Museu Histórico, NDPH e o doador. Segundo ele, após o núcleo voltar a contar com um scanner específico para a digitalização de jornais, foi firmada uma parceria com o MHL para trabalhar de forma integrada. O acervo doado pela Folha de Londrina, que conta com edições e fotos do jornal de 1948 até por volta de 2018, vai ser digitalizado pelo NDPH e compartilhado com o MHL, que ficará responsável por disponibilizar todo o acervo para consulta pública. A plataforma utilizada é o Pergamum, do Museus Paraná, disponível em: www.memoria.pr.gov.br/.
Segundo Arias Neto, ter esse material disponível na internet multiplica os acessos a um acervo que conta a história da região, do estado e da universidade. “Vai ser uma combinação de esforços e de equipamentos em um projeto único”, destacou o coordenador, que afirmou que o trabalho vem sendo realizado “com a ajuda de muitas mãos”.
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Além do acervo da Folha de Londrina, o Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica também conta com uma coleção da Associação Brasileira de Reforma Agrária, uma biblioteca sobre o peronismo, uma mapoteca com cartografias de Londrina e região, assim como coleções privadas que foram doadas, dentre outros itens. “Levando em conta as revistas e os jornais, o arquivo do NDPH é um dos maiores do Paraná. É um acervo que está sempre crescendo e serve de espaço de pesquisa para toda a comunidade”, ressaltou.
O responsável pelo NDPH explicou também que eles receberam o acervo da Folha de Londrina durante a pandemia e, em 2022, foi feita uma organização, que culminou com a ideia da parceria com o MHL. “O Projeto Folha destravou as relações entre NDPH e MHL, que eram complicadas desde o início. A gente tem que deixar um caminho aberto para o futuro, estamos em um momento ruim no país e no mundo, mas ainda temos como fazer coisas boas como essa”, destacou.
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