O coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), procurador de Justiça Leonir Batisti, afirmou nesta sexta-feira (30) em Londrina que a relação entre o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP) "recrudesceu" após a Operação Vortex, em Curitiba, que denunciou esquema de corrupção na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), onde uma quadrilha recebia dinheiro de comerciantes de ferro-velho.
Questionado durante a entrevista coletiva se a decisão do secretário de segurança pública, Cid Vasques, de determinar a substituição dos policiais do Gaeco seria uma retalhação, Batisti respondeu: "A pergunta deveria ser dirigida à secretaria, mas eu afirmou que não. No entanto, essa situação de instabilidade ou de crise recrudesceu, principalmente, depois da Operação Vortex. Coincidentemente, na segunda-feira, dia 19 , nós fomos informados de que o comando tinha passado um ordem para que, inicialmente, recolhesse todos os policiais. Essa ordem foi transmudada para aqueles que tem mais de dois anos."
O coordenador ressaltou que a saída de policiais "quebra a continuidade" do trabalho no Gaeco, já que as investigações "não são convencionais" e exigem mais tempo e, as vezes, até mudança de estratégia para obter resultado. "O Gaeco é um grupo que precisa ter agilidade, se não se transforma na coisa comum e os resultados, evidentemente, serão piores", acrescentou.
Novo delegado
Além disso, existia a expectativa sobre o anúncio do nome do novo delegado do Gaeco em Londrina. No entanto, o substituto de Alan Flore, que deixou o grupo para assumir o Denarc, ainda não foi definido.