Sem avanços na negociação iniciada há aproximadamente um mês com os patrões, funcionários dos Correios de todo o Brasil podem deflagrar greve geral a partir das 22 horas desta quarta-feira (14). A definição só sairá após assembleias que acontecerão de forma simultânea ou separada pelo País. No Paraná, conforme a sede do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintcom-PR), em Curitiba, além de oito filiais (Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Apucarana, Ponta Grossa, Toledo, Terra Roxa e Cascavel), já agendaram data e horário para decidir ou não pela paralisação.
Em Londrina, o encontro dos trabalhadores está marcado para às 13h15 na sede dos Correios, rodovia Celso Garcia Cid, Jardim Columbia, Zona Oeste, e às 18h30 na subsede da Avenida Paraná, número 102, área central.
A reivindicação é de 15% de reajuste salarial e aumento no vale-alimentação. O sindicato iniciou conversas com os Correios há cerca de 30 dias. Uma proposta de 6% de incremento nos salários retroativos ao mês de agosto e mais 3% para fevereiro de 2017 foi apresentada, mas será apreciada durante a assembleia desta quarta.
De acordo com o diretor do Sintcom em Londrina, Fabiano Batista Silvério, "os funcionários ainda estão divididos, e por isso não há certeza total da possibilidade de greve". Cauteloso, o sindicalista reiterou que "a população certamente será prejudicada com a possível paralisação dos serviços, mas tudo será definido durante as assembleias".
Atualmente, 350 servidores trabalham nos Correios. Os empregados estão divididos em atendentes comerciais, balconistas, carteiros e operadores de triagem e transbordo das cartas e mercadorias recebidas diariamente.
A assessoria de imprensa dos Correios informou, por meio de nota, que" há um plano de contingência para garantir a continuidade dos serviços em caso de uma eventual paralisação. A população deverá entrar em contato com a empresa credora e buscar outra forma de pagamento de boletos e faturas caso a greve seja deflagrada".