A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi condenada pela Justiça a indenizar a londrinense Érika Pedrão Brito, de 35 anos, apedrejada por índios em fevereiro do ano passado. Ela foi agredida quando passava com o marido, em um carro, pela frente da sede do órgão de Londrina.
Na época, os índios alegaram que apedrejaram o veículos depois que o motorista tentou romper a barreira feita por eles durante manifestação. O casal negou a versão dos indígenas.
Érika foi apedrejada na cabeça. Ela sofreu grave traumatismo craniano e chegou a ficar em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. Após ser submetida a duas cirurgias, a mulher começou a se recuperar.
Ela deixou o hospital meses após o acidente, mas com graves sequelas. Até hoje, Érika, que precisou abandonar o curso de Administração, tem dificuldades de locomoção. Ela só voltou a andar em julho deste ano, após intenso trabalho de fisioterapia.
Procurada pelo Bonde nesta sexta-feira (9), a mulher ficou surpresa com a notícia da indenização. "Eu não estou sabendo disso. Preciso falar com o meu advogado para poder ter a confirmação", disse.
Érika afirmou que não pode falar sobre algo que ainda não tem conhecimento, mas destacou que o valor obtido com a indenização será utilizado no custeio do tratamento médico. "Com certeza o dinheiro vai ajudar muito."
A Funai terá que ressarcir as despesas médicas já pagas por Érika, no valor de R$ 1.305,15. Além disso, o órgão foi condenado ao pagamento de pensão vitalícia mensal, no valor de três salários mínimos, além de indenizações por danos morais de R$ 350 mil e por danos estéticos, de R$ 100 mil.