Em comemoração ao aniversário de Londrina, a Concha Acústica receberá no próximo domingo (8), uma seleção de expositores para a Feira Flua Cultura Londrina 90 anos. A ação ocorrerá das 14h às 19h, nas bancas espalhadas pela praça da Concha, haverá cerâmicas, chás, bijuterias, molhos e temperos, queijos, artigos em couro, discos de vinil, petecas e ilustrações artísticas. Esse é o último evento da iniciativa antes do término do ano.
O Flua Cultura já está confirmado para acontecer em 2025, sempre pautado pelos princípios da economia criativa e com atrativos não só para os frequentadores, mas também para os vendedores-artistas, estimulados a embarcarem, junto com o Coletivo, em uma jornada de profissionalização e crescimento.
No decorrer de 2024, foram realizadas quatro feiras, todas ligadas a alguma data importante para o comércio tradicional. Além dos produtos, as feiras Flua Cultura sempre ofereceram opções gastronômicas e atrações artísticas, bem como oficinas carinhosamente escolhidas para cada uma das ocasiões, num novo conceito de feira, com a oferta de cachês para expositores, artistas e oficineiros.
PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS NOS EVENTOS
Outro ponto forte das feiras Flua Cultura foi a presença das crianças, protagonistas em diversos momentos. “Quando pensamos nas crianças como parte essencial do público cultural, abrimos espaço para eventos que realmente ampliam a inclusão e a democratização da cultura. Criar atividades feitas especialmente para elas – com uma linguagem que entendam, formatos interativos e temas que façam sentido para suas vivências – permite que se conectem de verdade com a arte e a cultura. E isso vai além do entretenimento: essas experiências despertam a criatividade e ajudam a desenvolver habilidades fundamentais, como empatia, comunicação e até o pensamento crítico,” reflete Rafaela Rodrigues, uma das idealizadoras do projeto.
De acordo com Rodrigues, inserir crianças em um ambiente que valoriza e explora a arte desde cedo é uma estratégia poderosa para a formação de público no futuro. “Experiências culturais na infância têm o potencial de despertar o interesse pela arte e pelo consumo cultural, formando uma geração mais sensível e engajada com a valorização do patrimônio cultural e artístico. A autonomia das crianças ao interagir com diferentes manifestações culturais também fortalece seu senso de pertencimento e identidade, promovendo uma relação duradoura e positiva com a cultura”, diz.
Para os pequenos, na Feira Flua Cultura Londrina 90 Anos, a Primavera Jataí vai interagir artisticamente com o público às 16h e o Palhaço Ritalino apresentará o espetáculo “O Melhor Show do Mundo…na minha opinião”, às 17h30.
Segundo Rafaela, a economia criativa segue representando uma abordagem inovadora para gerar valor a partir de expressões artísticas e culturais, promovendo o empreendedorismo e a sustentabilidade. “Para muitos artistas independentes, a oportunidade de participar de eventos como feiras culturais oferece não apenas visibilidade, mas também condições mais equitativas, como remuneração justa, que é um diferencial em um setor onde frequentemente se paga para expor. Essa prática alivia a pressão financeira, valoriza o trabalho criativo e fomenta um mercado mais inclusivo, especialmente para artistas iniciantes ou em contextos vulneráveis”, afirma.
INVESTIMENTO NA CAPACITAÇÃO DOS EXPOSITORES
Dentro dessa perspectiva, o projeto das Feiras Flua Cultura também investiu na capacitação dos expositores, oferecendo a oficina ‘ABC do Marketing’, focada em vendas on-line e realizada em novembro. A atividade proporcionou aos participantes ferramentas para desenvolverem melhor seus trabalhos de comercialização, ampliando suas competências em estratégias de marketing e relacionamento com o cliente.
ACESSIBILIDADE NA CULTURA
Rafaela Rodrigues ainda destaca a acessibilidade na cultura, uma questão ainda pouco explorada, mas essencial para garantir que todos possam usufruir e participar de atividades culturais. O Coletivo já deu os primeiros passos nesse sentido, realizando no final de novembro uma roda de conversa sobre o tema.
“Iniciativas voltadas para a inclusão, como a participação de artistas surdos ou projetos que atendem pessoas com deficiência, ampliam o alcance da cultura e criam novas oportunidades de diálogo e aprendizado. Nesta última edição da Feira Flua Cultura, contaremos com a participação da psicóloga Maryelle Dutra, que venderá produtos para arrecadar fundos destinados ao seu projeto de atendimento psicológico gratuito para pessoas surdas. A presença de iniciativas como essa não apenas promove inclusão, mas também reforça o papel da cultura como um espaço de diversidade, empatia e impacto social. Trabalhar essas questões abre caminhos para eventos mais diversos, inclusivos e representativos, reafirmando a cultura como um direito universal”, afirma.
Ao todo, o projeto realizado pelo Governo Federal através do Ministério da Cultura e da Funcart (Fundação Cultura Artística de Londrina), com patrocínio da Lei Paulo Gustavo e viabilizado por meio da Secretaria de Cultura de Londrina, conseguiu reverter mais de R$ 25 mil. Para além do dinheiro, o Coletivo se manteve fiel ao objetivo de propiciar experiências aos frequentadores, seja através da curadoria das atrações e oficinas ou pela escolha das propostas à venda nas bancas espalhadas pelos espaços que acolheram o evento. Não será diferente para a Feira Flua Cultura Londrina 90 anos, com um tipo de retrospectiva de expositores que fizeram sucesso – de público e vendas – ao longo de 2024.
PLANOS PARA 2025
Em 2025, o projeto realizará quatro edições da Feira Flua Cultura em diferentes locais públicos de Londrina, a partir do desejo do coletivo de democratizar o acesso à cultura. Cada edição contará com 12 expositores locais e quatro apresentações artísticas, valorizando a diversidade de linguagens e promovendo o contato do público com novas estéticas culturais.
Em fevereiro, será promovido o Mutirão ‘Abre MEI’, em parceria com o Sebrae, oferecendo orientação para formalização de negócios criativos a até 30 artistas, com prioridade para minorias sociais. Além disso, o ILES (Instituto Londrinense de Educação de Surdos) terá um espaço fixo em todas as edições para divulgar e comercializar suas produções, reforçando o compromisso com a inclusão e a diversidade.
“A experiência com os expositores ao longo das edições de 2024 revelou uma necessidade significativa de apoio na formalização e estruturação de seus negócios criativos. Muitos artistas enfrentam barreiras burocráticas e financeiras que dificultam sua inserção no mercado formal, o que reforçou a importância de iniciativas como o Mutirão “Abre MEI”, que acontecerá dentro do período em que os editais de seleção estarão abertos”, explica a produtora.
A seleção artística para as quatro edições previstas será realizada por meio de um Edital Único para cada categoria (Expositores e Artistas), e incluirá cotas para minorias raciais e pessoas com deficiência. Todas as informações estarão disponíveis nos canais oficiais da Flua Cultura, no site www.fluacultura.com.br e nas redes sociais do projeto, no Facebook e Instagram. (Com Assessoria)
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