O aumento de casos de coronavírus nas últimas semanas em Londrina motivou a administração pública a anunciar o fechamento de bares e lanchonetes por mais 14 dias. A decisão é de quarta-feira (9). Assim, a partir desta sexta, (11), as portas dos estabelecimentos devem estar fechadas em respeito à determinação. A reportagem da Folha percorreu estabelecimentos na última noite de funcionamento e ouviu comerciantes, clientes e atendentes do segmento diretamente afetado.
A presidente da Abrasel Norte do Paraná, Fernanda Fujarra, ressaltou que a entidade respeita as novas medidas, mas se mostra muito preocupada com a situação econômica dos empresários e funcionários. Pede ainda que o município seja mais efetivo na fiscalização. "O nosso pedido será para que seja revisto esse posicionamento da prefeitura e que seja liberado pelo menos o serviço de delivery nos bares. Entendemos também que é possível uma flexibilização, dentro de todas as normas de segurança, para que os restaurantes dos shoppings possam funcionar até as 22 horas e os de rua até a meia-noite".
Reação: Abrasel pede flexibilização em decreto que determina fechamento de bares em Londrina
Esse também é o ponto de vista do barman Margane Krügger. "Essa notícia vem como uma bomba porque, além de trabalharmos firme e em cima de todas as determinações, não houve planejamento. Vamos perder o estoque.. Estamos sendo prejudicados pelos verdadeiros pecadores", desabafou.
A vendedora Fabiana Barbosa é favorável à paralisação das atividades desse ramo momentaneamente. "Falta muita conscientização por parte de algumas pessoas que acabam colocando tudo a perder. O bar cuida, mas depois que fecha, fica todo mundo aglomerado por horas na rua e sem contar com os jovens como nós que têm idosos ou pessoas mais vulneráveis em casa, e colocam todos em risco", refletiu. "Eu concordo que tem a parte econômica que será afetada, mas isso está sendo feito para salvar vidas", ratificou.
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