O imobiliarista e empresário Walid Kauss foi absolvido em 1ª instância de uma das três acusações de exploração sexual. Denúncias apresentadas pelo Ministério Público apontaram que o acusado teria se relacionado com quatro adolescentes menores de 18 anos, o que caracterizaria o crime.
Kauss chegou a ser preso em abril de 2015 durante investigação sobre a existência de uma rede de exploração sexual em Londrina. O empresário não negou o pagamento pelos encontros, mas garantiu que não tinha conhecimento sobre a idade das meninas.
Kauss criticou a forma de atuação do Ministério Público, que contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante a apuração dos fatos. "A minha revolta é especialmente com o Gaeco e com o Ministério Público. Eles me devem desculpas. O que eu tenho a ver com o crime organizado?", questionou.
O imobiliarista alegou ainda que as denúncias não foram realizadas espontaneamente pelas supostas vítimas. O advogado Miguel El Kadri, que defendeu Kauss durante o processo, informou apenas que "foi considerado que o empresário não cometeu crime".
Duas jovens que teriam intermediado os encontros foram condenadas a 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto. As penas foram reduzidas já que as duas colaboraram com as investigações.
O Ministério Público já recorreu da decisão. Kauss aguarda a tramitação de outros dois processos relacionados a crimes de exploração sexual. Com base no Código Penal, a promotoria alega que participar de programas sexuais com adolescentes entre 14 e 17 anos caracteriza crime de favorecimento à prostituição ou outra forma de exploração sexual com pena prevista de 4 a 10 anos de reclusão.
(Matéria atualizada em 13/01/17, às 18h15)