Mais de 20 mil pessoas, de acordo com estimativa da prefeitura, compareceram ao desfile cívico-militar em Londrina nesta sexta-feira (7), pela comemoração da Independência do Brasil. A solenidade foi realiza na avenida Leste-Oeste, em percurso de pouco mais de um quilômetro. Participaram desfilando 55 entidades.
O desfile londrinense contou com faixas e cartazes espalhados pedindo o fim da corrupção. Muitos vestiram as cores do Brasil e levaram bandeiras com as cores do País. Com as eleições em outubro, diversos candidatos a cargos na câmara estadual e federal aproveitaram o evento para pedir votos. Dezenas de correligionários ainda distribuíram panfletos e adesivos.
O aposentado Nilton Silva chegou uma hora antes do início do desfile, que começou às 9h, para garantir um lugar com visão ampla. Munido de uma cadeira, levou a bandeira do Brasil, que deixou enrolada no dorso. "Temos que exercer nossa cidadania para acabar com a corrupção do País. Há anos venho prestigiar o desfile e sempre trago um banco para sentar, porque são várias horas e não gosto de perder nada. Precisamos amar nossa Pátria", destacou ele, que acumula mais de uma década de presença.
Uma grande faixa com a frase "faxina geral nos três poderes" foi colocada em frente ao palco onde ficaram as autoridades. Ao lado, uma menor trazia os dizeres "eleição 2018 é fraude". Os objetos foram produzidos pelo movimento intervencionista de Londrina. "Somente depois de uma 'faxina' geral nas eleições é que vamos conseguir acabar com a corrupção para recomeçar do zero."
Grito dos Excluídos
Na parte final do desfile cívico-militar, um grupo com aproximadamente 80 pessoas realizou a 24ª edição do Gritos dos Excluídos, marcado sempre para o dia sete de setembro. Entre as principais revindicações estavam o direito por moradia digna e a reforma agrária. Faixas pedindo a liberdade do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva também foram levadas. "Nosso ato é essencial para valorizar aqueles que são excluídos pela sociedade. Nossa reivindicação é por moradia, pois se ela é privilégio, ocupar é um direito. Também estamos lutando pela nossa pátria, que está mergulhada na falta de moradias e no desemprego", elencou Eliane Marques, líder da ocupação do Flores do Campo, na zona norte.