A possibilidade de um novo convênio entre a Prefeitura de Londrina e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) poderá viabilizar a erradicação de boa parte das árvores condenadas ou que causam problemas nas diferentes regiões da cidade. Esta foi uma das propostas discutidas na tarde desta quarta-feira (9/10), no plenário da Câmara de Vereadores, durante reunião coordenada pelo vereador Vilson Bittencourt (PSL).
De acordo com o engenheiro Eduardo Mamoru Oyama, que representou a empresa estatal no encontro, em 2003 a Copel manteve um convênio com a prefeitura de Londrina, oportunidade na qual foram substituídas 3.400 árvores que à época estavam causando sérios problemas para a rede elétrica. Ainda segundo o engenheiro e caso sejam favoráveis às condições para reativação do convênio, a Copel poderá repassar para o município o valor de R$ 102,32 por árvore erradicada, além de fornecer duas mudas para a sua substituição. "O município seria responsável pela realização do trabalho", explicou o engenheiro.
Embora do ponto de vista legal seja possível a realização do convênio, o único obstáculo segundo o engenheiro Eduardo Mamoru Oyama, seria a existência de um débito do município para com a Copel, dívida que estaria impedindo a renovação da parceria. Por esta razão, o vereador Vilson Bittencourt, encaminhará com urgência um pedido de informações ao Executivo com o objetivo de indagar sobre a existência e origem do débito, valores e as medidas adotadas para resolver a situação. "Grande parte das árvores que causam problemas são exatamente aquelas que estão próximas da rede elétrica. Portanto, a proposta apresentada pela Copel poderia colaborar muito para solução do problema", explicou o vereador.
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Cooperativa – Paralelamente aos recursos materiais que poderão ser disponibilizados pela Copel e considerando que a prefeitura não conta também com mão de obra para executar o serviço, Vilson Bittencourt vai buscar informações sobre a possibilidade jurídica de envolver uma futura cooperativa de lenhadores no processo de erradicação das árvores condenadas ou com necessidade de poda. "Alguns lenhadores participaram da reunião e demonstraram interesse em participar do trabalho de erradicação das árvores, justamente pela possibilidade de aproveitamento da madeira", disse Bittencourt.
Presente ao encontro, o secretário municipal do Ambiente, Cleuber Moraes Brito, informou que a Prefeitura está estudando a possibilidade de terceirizar o serviço de erradicação das cerca de 3.500 árvores já condenadas pela Sema, por meio de uma licitação dirigida às empresas do setor privado. "Como temos outros 2.500 pedidos que envolvem podas e podem até resultar em erradicação, temos um passivo aproximadamente de 6.000 árvores para erradicação ou poda. A Gestão Pública e a Procuradoria já estão estudando o formato da licitação", garantiu o secretário.
Cleuber Moraes também informou que ainda durante semana, a prefeitura vai iniciar um mutirão envolvendo as diversas secretarias com o objetivo de retirar os troncos e galhos de árvores derrubados durante o vendaval do dia 22 de setembro. Segundo o secretário a iniciativa deverá contar como apoio da iniciativa privada e o material recolhido será depositado na Kurika Ambiental.