Os 169 coletores de lixo domiciliar de Londrina podem cruzar os braços a partir do dia 2 de maio. O indicativo de greve foi aprovado em assembleia realizada na quarta-feira (23). Os funcionários pedem reajuste salarial de 30%, mas a Paviservice, empresa responsável por gerir o serviço na cidade, oferece apenas 25%. "Eles não aceitaram a proposta e estão dispostos a paralisar os trabalhos", contou a presidente do sindicato que representa os coletores (Siemaco) em Londrina, Izabel Aparecida de Souza.
A Paviservice alega não ter condições financeiras para atender a reivindicação dos funcionários. A empresa marcou uma audiência para segunda-feira (28) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba, para tentar chegar a um acordo com a categoria. "A terceirizada entrou com um pedido de dissídio coletivo para tentar solucionar os conflitos. Pode ser que a empresa apresente uma contraproposta também. Estamos aguardando", destacou Izabel.
A categoria chegou a paralisar os serviços por um dia no mês passado após a demissão arbitrária de quatro coletores. Os funcionários só voltaram aos trabalhos depois de a empresa readmitir os então dispensados. Os profissionais também pedem vestimentas adequadas para a coleta de lixo, descanso semanal, vale-refeição, entre outros pontos. "Por enquanto, são itens secundários. O que eles querem agora é que a empresa conceda o reajuste salarial de 30%", afirmou a presidente do Siemaco.
A data-base dos funcionários vence no dia 1.º de maio.
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), mas não obteve retorno.