Londrina

Câmara descarta transporte 'alternativo' em Londrina

14 jul 2009 às 23:02

Vereadores da Câmara de Londrina assinaram nesta terça-feira (14) um documento de compromisso garantindo que não vão aprovar nenhum projeto de lei referente ao transporte alternativo de passageiros na cidade por meio de vans e kombis de lotação. A ideia partiu da vereadora Sandra Graça (PP) e foi assinada por grande parte dos vereadores.


O tema foi alvo de intensa discussão na sessão desta tarde na Câmara. Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes (Sinttrol) ocuparam as galerias para acompanhar a votação do projeto polêmico.


Membros da Comissão Especial de Investigação (CEI) que analisa a tarifa do transporte coletivo protocolariam um projeto de lei que instituia, em caráter emergencial, o transporte alternativo. A medida seria tomada em caso de greve dos funcionários do transporte coletivo, já que um indicativo de paralisação foi aprovado pela categoria na última sexta-feira (10).


O presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, falou aos vereadores sobre a polêmica do transporte. Antes de discursar, o sindicalista amenizou a declaração dada a uma rádio local, de que qualquer "zé mané" se elege vereador.


"Estou aqui em missão de paz. Vim aqui para dizer que o comentário que fiz foi em uma abordagem histórica do transporte coletivo em Londrina. Não especifiquei ninguém, mas lamentavelmente alguns tomaram para si e agora dizem que o João Batista é persona non grata nesta Casa".


Depois de agradecer os vereadores por terem derrubado a possibilidade de transporte alternativo na cidade, Batista disse que a discussão sobre a tarifa deve ser discutida no campo aritmético, não no político. "Todos os vereadores têm amelhor intenção, de fazer o melhor para os usuários. mas não é a ação política que vai resolver esta questão. Londrina resolveu operar o transporte coletivo de forma particular, e as empresas precisam ter lucro", justificou, pedindo urgência na conclusão do trabalho da CEI.

Nesta quarta-feira (15), está marcada uma mesa redonda na Delegacia do Trabalho para confirmar o indicativo de greve da categoria.


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